A dúvida vem razoável e é medida de honestidade: muito embora seja um blog de nove anos, grandes hiatos denunciam a inegável instabilidade de escrita.
Tenho gasto as ideias em postagens no Facebook - diversas, sobre os mais variados (às vezes nem tão variados) assuntos. Cada postagem é uma crônica que não escrevo. As ideias se vão. Fico no vácuo.
Uma vez mais tentarei mudar isso, a começar por... agora?
Não necessariamente.
Amanhã?
Veremos.
domingo, 5 de agosto de 2018
segunda-feira, 30 de março de 2015
Aqui estou novamente
Parto do princípio que tudo tem um recomeço, ou tudo é continuidade, ou nada é como era antes: não importa, estou de volta.
Verificando as estatísticas deste blog, percebo que o mesmo teve 19 visitas ontem. Dezenove. Mesmo nada sendo escrito desde agosto de 2013.
Ou seja, são meus dez fãs e mais nove. Ou eu teria dezenove fãs e ignoro? A realidade é menos abstrata que eu imaginava? Nem tudo são espinhos?
Também não importa. Veremos o adiante. Assuntos, dedilhando uma nota só, batendo na mesma tecla. Ou não.
Só o tempo dirá;
Verificando as estatísticas deste blog, percebo que o mesmo teve 19 visitas ontem. Dezenove. Mesmo nada sendo escrito desde agosto de 2013.
Ou seja, são meus dez fãs e mais nove. Ou eu teria dezenove fãs e ignoro? A realidade é menos abstrata que eu imaginava? Nem tudo são espinhos?
Também não importa. Veremos o adiante. Assuntos, dedilhando uma nota só, batendo na mesma tecla. Ou não.
Só o tempo dirá;
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
CADA UM COM SEU PLAYMOBILL
Com o avanço das redes sociais e blogues, as opiniões de honorosos anônimos - como a dos próprios articulistas deste humilde blogue - passaram a ganhar uma força que antes só era possível aos meios de comunicação tradicionais.
O avanço da internet e a inclusão social, dentre outros tantos fatores incidentes, estão a mudar a expressão midiática no Brasil. Percebemos que não só os tradicionais meios de comunicação dão voz aos pensamentos soltos por aí - e mais, que não é pelo fato de que alguém é jornalista ou celebridade que sua opinião vai valer mais que a de qualquer um.
Claro que isso gera o efeito contrário: opiniões absurdas que não teriam nenhuma repercussão sem as ferramentas modernas - assim como algumas muitas pataquadas emitidas pela imprensa. E o que não era para tremer um cascalho produz efeito de terremoto.
Pior ainda quando alguém sai do seu nicho para se inserir no alheio. Não que espaços tenham donos ou contenham especialistas no assunto - e é o que se faz parecer - mas existe algo chamado senso de espaço que é necessário às pessoas para contextualizar suas opiniões.
Tudo isso para falar da repercussão da declaração (absurda) do Marcos Milhem, da Rede Globo (leia-se Zorra Total). Tirante a parte que ele defende o banimento do técnico do futebol, tudo o mais que ele disse é, de fato, verdade. Dunga é um grosso, e não faz nenhuma questão de escondê-lo!
Só que a repercussão não se deu em torno da grossura do técnico colorado - isso é "cultura pop". Mas sim pela descabida ideia de alguém que não é do circuito do futebol na mídia - seu nicho é o, digamos assim, humor) de banir o cara do esporte! Não se diz isso - não por tão pouco.
De fato que Dunga merece um "para-te quieto". Já está demais, desde a Copa do Mundo, isto é, desde que ele se inventou como técnico de futebol. Mas não é com medidas extremas. Fosse por isso, outros tantos que o sucederamu mereceriam o mesmo destino.
Dunga está certo na sua resposta, ferina: cada palhaço no seu picadeiro. Uma clara dica ao Milhem que não fale o que não sabe ou, ao menos, o que não deve.
O gol contra foi do Milhem. Dunga só deu o cartão amarelo, muito embora as mídias que cada um usou não se comparam: nesse sentido, a repercussão em favor do Milhem é de goleada. Mas, por bom senso, estamos com Dunga.
O avanço da internet e a inclusão social, dentre outros tantos fatores incidentes, estão a mudar a expressão midiática no Brasil. Percebemos que não só os tradicionais meios de comunicação dão voz aos pensamentos soltos por aí - e mais, que não é pelo fato de que alguém é jornalista ou celebridade que sua opinião vai valer mais que a de qualquer um.
Claro que isso gera o efeito contrário: opiniões absurdas que não teriam nenhuma repercussão sem as ferramentas modernas - assim como algumas muitas pataquadas emitidas pela imprensa. E o que não era para tremer um cascalho produz efeito de terremoto.
Pior ainda quando alguém sai do seu nicho para se inserir no alheio. Não que espaços tenham donos ou contenham especialistas no assunto - e é o que se faz parecer - mas existe algo chamado senso de espaço que é necessário às pessoas para contextualizar suas opiniões.
Tudo isso para falar da repercussão da declaração (absurda) do Marcos Milhem, da Rede Globo (leia-se Zorra Total). Tirante a parte que ele defende o banimento do técnico do futebol, tudo o mais que ele disse é, de fato, verdade. Dunga é um grosso, e não faz nenhuma questão de escondê-lo!
Só que a repercussão não se deu em torno da grossura do técnico colorado - isso é "cultura pop". Mas sim pela descabida ideia de alguém que não é do circuito do futebol na mídia - seu nicho é o, digamos assim, humor) de banir o cara do esporte! Não se diz isso - não por tão pouco.
De fato que Dunga merece um "para-te quieto". Já está demais, desde a Copa do Mundo, isto é, desde que ele se inventou como técnico de futebol. Mas não é com medidas extremas. Fosse por isso, outros tantos que o sucederamu mereceriam o mesmo destino.
Dunga está certo na sua resposta, ferina: cada palhaço no seu picadeiro. Uma clara dica ao Milhem que não fale o que não sabe ou, ao menos, o que não deve.
O gol contra foi do Milhem. Dunga só deu o cartão amarelo, muito embora as mídias que cada um usou não se comparam: nesse sentido, a repercussão em favor do Milhem é de goleada. Mas, por bom senso, estamos com Dunga.
sábado, 15 de junho de 2013
Qual tevê você vê? Ou onde está o mundo lá fora? - Parte 1
Publicidade de uma rede de supermercados tem Pelé sentado no trono e dizendo: "Como rei do futebol, eu decreto..." e dentre as tantas coisas que ele decreta, está lá: "FAÇA DE TODA TEVÊ UM SANTUÁRIO".
Coloco em letras garrafais para deixar ainda mais exposta a obviedade que essa frase traz.
Não sei quanto a você, mas eu gosto bastante de ver tevê e não assisto tanto quanto gostaria ou mesmo poderia. Eu mesmo, me orgulho bastante de ter comprado uma tela plana de 42 polegadas, exibindo em HD na sala da minha casa os programas que mais me agrada.
Sou do tempo em que as opções eram Globo, SBT, Bandeirantes, Manchete e a local TV Guaíba. Programas eram disputados a tapa. Tínhamos uma só tevê em casa. Quando ela pifava, havia um clima de velório lá em casa. Transitei da tevê preto-e-branco num tempo que um jogo entre Internacional e Palmeiras um deles tinha que jogar de branco porque senão na P&B tu não distinguia quem era quem, para a tevê a cores, do seletor de canais para as teclas digitais, de ter que levantar para trocar de canal para a consagração do controle remoto.
Para milhões de brasileiros dentro do sonho de consumo que lhes foi imposto ter, sem dúvida a tevê é um santuário. Trabalhei no PROCON e as segundas-feiras cheias de pessoas reivindicando direitos eram aquelas posteriores aos Fantásticos de domingo em que traziam uma "novidade" sobre direito do consumidor. "Moço, mas deu na tevê, deu no Fantástico".
Não havia internet naquela época. Ela chegou logo depois, e passados dezoito anos, ficamos tentando lembrar como era a vida sem a internet, talvez como nossos pais, para nós que estamos com mais de quarenta anos, ficam tentando lembrar como era a vida sem tevê.
E desse modo estamos numa situação de transição: milhões de brasileiros vêem a vida na tevê, como um dia o slogam na rede de televisão fez questão de afirmar - e vários milhões, de acreditar. Acreditam que a novela retrata a vida real, a ponto de uns e outros xingarem atores no supermercado só porque interpretam o inverossímel vilão da novela das nove.
No mesmo passo, outros milhões vêem a vida na nova tevê, afinal de contas dezoito anos não é nada em face da eternidade. Muito mais recente, é a vida que você vê nas redes sociais - ampliam o leque de situações e verdades e afirmações e debates de uma forma nunca vista. Pelas redes sociais temos contato diário com pessoas com as quais não falaríamos mais do uma ou duas vezes por ano. Com pessoas que não víamos há 30 anos. Com pessoas que jamais falaríamos. Com pessoas que em momento nenhum perceberíamos tanta identidade.
Na convivência simultânea entre a tevê - e esta dividida entre a aberta, tradicional, e a paga - e a internet passamos a ter a oportunidade de verificar a diversidade. Diversidade de existências, de opiniões. Diversidade de verdades.
Tudo isso para dizer que, em face dos recentes acontecimentos em São Paulo, principalmente, mas também em Porto Alegre (pela proximidade fática em que me encontro), convivemos com distintas, diferentes, complementares e muitas vezes antagônicas verdades.
E isso se estende para a mídia escrita: jornais, revistas. Estes, cada vez mais premidos pelo crescimento das manifestações via redes sociais em que se escancaram os contrapontos que elas, grandes mídias comprometidas, não têm coragem ou vontade de mostrar.
Nesse diapasão, quem se dispôs a receber as informações pelas mais distintas mídias, que hoje chegam em tempo real às nossas casas, computadores, "tablets" e "ipads" - ao contrário do tempo antigo que nos restava esperar o Jornal Nacional e - ai - sua definitiva verdade, pôde escolher a tevê que viu.
E você, qual tevê você viu? Aquela que Pelé decretou ser um santuário? Ou a outra? Pense nisso.
Coloco em letras garrafais para deixar ainda mais exposta a obviedade que essa frase traz.
Não sei quanto a você, mas eu gosto bastante de ver tevê e não assisto tanto quanto gostaria ou mesmo poderia. Eu mesmo, me orgulho bastante de ter comprado uma tela plana de 42 polegadas, exibindo em HD na sala da minha casa os programas que mais me agrada.
Sou do tempo em que as opções eram Globo, SBT, Bandeirantes, Manchete e a local TV Guaíba. Programas eram disputados a tapa. Tínhamos uma só tevê em casa. Quando ela pifava, havia um clima de velório lá em casa. Transitei da tevê preto-e-branco num tempo que um jogo entre Internacional e Palmeiras um deles tinha que jogar de branco porque senão na P&B tu não distinguia quem era quem, para a tevê a cores, do seletor de canais para as teclas digitais, de ter que levantar para trocar de canal para a consagração do controle remoto.
Para milhões de brasileiros dentro do sonho de consumo que lhes foi imposto ter, sem dúvida a tevê é um santuário. Trabalhei no PROCON e as segundas-feiras cheias de pessoas reivindicando direitos eram aquelas posteriores aos Fantásticos de domingo em que traziam uma "novidade" sobre direito do consumidor. "Moço, mas deu na tevê, deu no Fantástico".
Não havia internet naquela época. Ela chegou logo depois, e passados dezoito anos, ficamos tentando lembrar como era a vida sem a internet, talvez como nossos pais, para nós que estamos com mais de quarenta anos, ficam tentando lembrar como era a vida sem tevê.
E desse modo estamos numa situação de transição: milhões de brasileiros vêem a vida na tevê, como um dia o slogam na rede de televisão fez questão de afirmar - e vários milhões, de acreditar. Acreditam que a novela retrata a vida real, a ponto de uns e outros xingarem atores no supermercado só porque interpretam o inverossímel vilão da novela das nove.
No mesmo passo, outros milhões vêem a vida na nova tevê, afinal de contas dezoito anos não é nada em face da eternidade. Muito mais recente, é a vida que você vê nas redes sociais - ampliam o leque de situações e verdades e afirmações e debates de uma forma nunca vista. Pelas redes sociais temos contato diário com pessoas com as quais não falaríamos mais do uma ou duas vezes por ano. Com pessoas que não víamos há 30 anos. Com pessoas que jamais falaríamos. Com pessoas que em momento nenhum perceberíamos tanta identidade.
Na convivência simultânea entre a tevê - e esta dividida entre a aberta, tradicional, e a paga - e a internet passamos a ter a oportunidade de verificar a diversidade. Diversidade de existências, de opiniões. Diversidade de verdades.
Tudo isso para dizer que, em face dos recentes acontecimentos em São Paulo, principalmente, mas também em Porto Alegre (pela proximidade fática em que me encontro), convivemos com distintas, diferentes, complementares e muitas vezes antagônicas verdades.
E isso se estende para a mídia escrita: jornais, revistas. Estes, cada vez mais premidos pelo crescimento das manifestações via redes sociais em que se escancaram os contrapontos que elas, grandes mídias comprometidas, não têm coragem ou vontade de mostrar.
Nesse diapasão, quem se dispôs a receber as informações pelas mais distintas mídias, que hoje chegam em tempo real às nossas casas, computadores, "tablets" e "ipads" - ao contrário do tempo antigo que nos restava esperar o Jornal Nacional e - ai - sua definitiva verdade, pôde escolher a tevê que viu.
E você, qual tevê você viu? Aquela que Pelé decretou ser um santuário? Ou a outra? Pense nisso.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
ESTÁ NA LEI, mas não é beeem assim!
Circula esse viral, sempre raivoso com o que chamam de indústria da multa, acerca de direito de infrator de trânsito no tocante a multas por infração leve ou média. Perguntam se é verdade.
É meia verdade!
O artigo no Código Brasileiro de Trânsito existe. Está corretamente transcrito no viral, só que pessimamente interpretado.
A "denúncia" dá conta que o motorista não deve pagar multa por infração leve ou média, bastando pedir a conversão da pena para advertência.
Só que a lei não diz isso. O artigo de lei, que recentemente foi regulamentado mas não trouxe novidades, estabelece CRITÉRIOS para a concessão da benesse ao motorista. Alguns de natureza objetiva, outros altamente subjetivos.
São critérios objetivos para a POSSIBILIDADE (notem: o artigo começa com PODERÁ, e não DEVERÁ) de conversão da multa em advertência:
- infração de natureza média ou leve passível de multa;
- não-reincidência na mesma infração nos últimos 12 meses.
E os subjetivos (além do já destacado "poderá"):
- prontuário do infrator;
E os subjetivos (além do já destacado "poderá"):
- prontuário do infrator;
- a autoridade CONSIDERAR esta providência como mais educativa.
Portanto, muito diferente de "não paga nada".
Eis o viral:
ESTA ACREDITO QUE 95% DOS MOTORISTAS NÃO SABEM!!!...
COMPARTILHEM!!!... DIVULGUEM!!!... LEIA E "ESPALHE"!!!...
É O SEGUINTE...
No caso de multa por infração leve ou média, se você não foi multado pelo mesmo motivo nos últimos 12 meses, não precisa pagar multa. É só ir ao DETRAN e pedir o formulário para converter a infração em advertência com base no Art. 267 do CTB. Levar Xerox da carteira de motorista e a notificação da multa. Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por escrito. Perde os pontos, mas não paga nada.
Código de Trânsito Brasileiro
Art. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punido com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa.
DIVULGUEM PARA PARA O MAIOR NÚMERO DE AMIGOS, PESSOAS!!!...
VAMOS ACABAR COM A INDÚSTRIA DA MULTA EXISTENTE NOS ÓRGÃOS PÚBLICOS!!!... MULTAM SÓ PARA ARRECADR MAIS E PODER ROUBAREM MAIS AINDA!!!...
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
É hora de retomar!
Estarei voltando com publicações regulares em breve.
Que seja duradoura e profícua essa nova fase.
Que seja duradoura e profícua essa nova fase.
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