Não há dúvida que a função das gerações (dizem por aí que ela vem a cada vinte cinco anos, com cinco pra mais e cinco pra menos de variação) é realmente romper com o padrão estabelecido. E por isso que chocam as anteriores, tornam incompreensíveis as atitudes comuns ao determinado grupo etário.
Gerações se formam por convicções políticas, morais, comportamentais e outros ais. Dá pra fazer uma boa análise dentre as gerações que viveram, por exemplo, a II Guerra Mundial, 1968 e o Impeachment de Collor, só pra ficar nas causas políticas.
Nesse contexto, é óbvio que não entendo essa geração que desabrocha. Ou talvez entendo, mas não aceite. Ou até mesmo aceite, mas não me convença. Fora as questões comportamentais que moldam o agir de um grupo, algo que realmente me preocupa é o superficialismo no conhecimento.
Certa vez minha irmã perguntou-me sobre um conto do Luis Antônio de Assis Brasil, que meu sobrinho de 16 anos precisava para o colégio. A notícia era que ele tinha se matado procurando. E eu: "É mesmo? Em quantas bibliotecas ele foi?". Evidente que eu sabia a resposta: "se matara" procurando no Google! Fala-se em biblioteca e o adolescente de hoje olha com aquela cara de "ahhhnn?"
Tem uma crônica do Fernando Sabino exatamente sobre isso - no caso, é a geração dele criticando aparentemente a minha, e olha que tem uma geração aí no meio. As queixas são as mesmas.
Quino, sempre genial, retratou isso de forma perfeita!
Um comentário:
..25 anos de geração para geração? acho que é tempo demais! Esse conceito devia ser revisto, hoje em dia a diferença já é descomunal em um espaço de 10 anos entre as pessoas. A nova geração se antecipou e já tem outra visão de mundo bem diferente da minha. Exemplos: "emos" e afins.
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