terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Vinte e oito anos sem Elis

Elis Regina completaria 65 anos no dia 17 de março deste ano. Causa dor e espanto pensar que ela nos deixou há exatos 28 anos - faleceu muito jovem, aos 36 anos de idade, vítima de uma provável overdose de cocaína.

Que mistérios levaram a Pimentinha a buscar o refúgio no álcool e nas drogas, embora previsíveis, foram juntos com ela. Aliás, pouco importa por que se foi, se muito mais importante foi o que deixou.

Uma bela herança à MPB, em seus 21 anos de carreira, foi o legado que nos foi atribuídos. Uma interpréte como poucas vezes a música brasileira viu, com memoráveis interpretações a Belchior, Tom, Vinícius - este que lhe deu o apelido de Pimentinha!

Eu tinha apenas 11 anos quando Elis morreu, mas felizmente eu era uma criança provinda nos anos 1970 e recém adentrada nos anos 1980, ou seja, uma criança que ouvia e curtia MPB! Conheci Elis ainda muito mais depois de sua morte e não canso de escutar "Falso Brilhante", sua marca mais profunda!

Elis deixou saudades e aquele sabor da perda daquilo tudo que ainda poderia nos proporcionar. Não fosse vitimada pelo seu destino, e estaria senhora de si, ainda por aí, cantando e encantando.

Felizmente, sua voz fica para sempre. Afinal, como ela mesma cantou genialmente Bosco e Blanc, "a esperança equilibrista / sabe que o show de todo artista / tem que continuar..."

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