domingo, 27 de novembro de 2011

O Turista Acidental - III

Salvador - Na sexta-feira começou, de fato, o congresso da Raquel. A mim restou a praia, onde me abanquei perto das 10h e só saí quase 17h. Nesse meio tempo terminei o livro que estava na metade ("O Sócio", John Grisham), li toda a IstoÉ, tomei diversas geladas, comi camarão à milanesa e tomei alguns banhos de mar.

Fui para o hotel dormir, para poder estar inteiro à noite: fomos no Restaurante Iemanjá, onde comemos um "camarão Humaitá" - uma espécie de bobó feito dentro da moranga. Na volta pegamos de taxista um jovem que estuda Engenharia do Petróleo, está com a mulher grávida e totalmente intolerante com a violência e os criminosos. Resolvi que o melhor era concordar.

No sábado, entre os turnos do congresso da SBRAFH, retornamos ao Mercado Modelo e desta vez compramos o que queríamos, podíamos e um pouco mais. Voltei para o hotel com as compras, Raquel seguiu no congresso. À noite jantamos no Barravento um bobó de camarão, não sem antes tentar um outro restaurante na Barra para comer carangueijo: a carne, sem dúvida, é gostosa, mas para meu gosto não vale a pena!

Deixamos para a manhã deste domingo uma curtida na praia, acarajés e abarás. São 12h51min no agora, já fizemos o check-out no hotel e aguardamos o táxi para o aeroporto. Vôo às 16h50, com conexão em Brasília, chegaremos em Porto Alegre após a meia-noite.

Valeu a pena, foi de bom tamanho, agora é trabalhar para recuperar pelo menos parte do gasto da semana que não foi pouco.

sábado, 26 de novembro de 2011

O Turista Acidental - II

Salvador - Na quinta-feira, 24, fomos conhecer as ilhas dos Frades e de Itaparica - partindo de um barco na Marinha junto ao Mercado Modelo, com o conforto de ter pago o passeio no hotel com o milagroso cartão de débito.

Foi aventura para o dia inteiro: saímos pouco depois das nove da manhã em direção à Ilha dos Frades. O guia no barco arranhava um baianhol (misto de baianês com espanhol) terrível, repetia palavras naquilo que ele pensava ser a língua dos hermanos e por vezes repetia mesmo em português: "estamos chegando na ilha/ilha/isla".

A bordo, pessoas de diversas partes do país e do mundo. Havia um casal de alemães, alguns de argentinos, um casal homoafetivo uruguaio, grupos do Ceará, de Goiânia. Éramos os únicos portoalegrenses a bordo!

Chegamos na Ilha dos Frades debaixo de um sol escaldante e com artesãos locais à nossa espera. Como temos feito desde que desembarcamos em Salvador, fizemos a alegria daqueles de vivem de turismo. As lembrancinhas em Porto Alegre serão, sem dúvida, artesanato!

Havia uma igreja no alto de uma colina para visitar. Raquel até pensou em ir, eu preferi me ajeitar debaixo de um guarda-sol e tomar uma ambeviana - estou gastando minha última cota dessas águas fermentadas que chamam de cerveja!

Nessa oportunidade fizemos amizade com um carioca que acompanhava sua irmã que mora na Alemanha, junto com seu marido alemão e totalmente cara de estrangeiro. Fechado no início, o alemão se soltou mais no final da tarde. Com ele eu me comunicava dizendo "Gutten tag", "Beethoven", "Mozart" e outras expressões! Ele achava graça!

Na Ilha de Itaparica, depois do almoço, fizemos um tour num ônibus caindo aos pedaços - que a todo momento mostrávamos para o alemão: "Ó, é Mercedez-Benz" com um guia para lá de falador. A diferença que esse falava espanhol com desenvoltura e - dizia ele - francês também. Para Raquel disse, depois de algumas intervenções minhas na sua explicação, que ela era uma santa por me aturar!

Voltamos para Salvador com o vento contra: isso implicou em algumas ondas para dentro do barco, o que terminou por encharcar minha camiseta e assustar a bela e pequena argentina que a foto mostra.
 

É um passeio que vale a pena, tipo que obrigatório!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O Turista Acidental - I

Salvador, BA - Chegamos a Salvador na madrugada de terça para quarta-feira (de 22 para 23 de novembro), provindos de um vôo saído de Porto Alegre com conexão em Brasília.

A primeira surpresa ficou por conta da distância do aeroporto para a cidade, como sói acontecer modernamente: a corrida de táxi, paga no saguão do aeroporto, ficou em R$ 107,00 (31 km, segundo o motorista).

O taxista, sergipano de nascimento mas há quarenta na Bahia, torcedor do Vitória, fez todo o trajeto explicando os principais pontos por onde passávamos: para que lado era o Barradão, onde ficava o Pituaçu, a boemia no Rio Vermelho, o que era Cidade Baixa e Cidade Alta.

Chegamos no hotel já mais de duas da manhã e - felizmente - nossa reserva estava lá nos esperando. Sou um pouco desconfiado com essas coisas feitas pela internet que, apesar de terem me mandado e-mail um mês atrás dizendo que estava tudo confirmado, convém desconfiar. Confiar desconfiando, como diria meu sogro.

Dormimos o sono dos justos e acordamos para o café da manhã. O hotel (Grande Hotel da Barra), apesar da tradição, é bem mais ou menos. Como aliás inclusive o Othon, muito mais suntuoso, onde está se realizando o Congresso que motivou a vinda da Raquel para cá: suntuoso na entrada, simplérrimo no restante.

Quer hotel realmente cinco estrelas: paga-se muito caro. Esse aqui se diz quatro, custo a acreditar!

Bem, na quarta-feira realizamos um passeio livre, ao sabor das circunstâncias: passeamos ao longo da praia da Barra e almoçamos uma deliciosa mariscada no restaurante Barravento.

À tarde, pegamos um ônibus para o centro da cidade e fomos conhecer o Pelourinho, Elevador Lacerda, Mercado Modelo: incrível como os vendedores ambulantes e guias de turismo são pegajosos. Tive que pagar para me livrar de um!

O Pelourinho nos impressionou pela quantidade de igrejas: lindas, mas mal conservadas. Na Europa paga-se para entrar em santuários e castelos justamente para isso - manter a cultura local. Aqui, a coisa ainda engatinha.

Encerramos a noite comendo uma boa pizza num bar ao lado do hotel. Depois de se gastar (muito) dinheiro durante o dia, era preciso dar uma economizada.

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