sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Feriadão!

E lá vamos para  mais um feriadão! Eita, como se gosta de feriadão nesse mundo! Não que eu não goste de um período de descanso. Deveria até adorar, pelo fato que minha atividade não permite muito aquilo que os mortais conhecem como férias. Festas de fim de ano e carnaval são sinônimos de férias pra mim, já que para esses efeitos não sou lá muito festeiro!

Mas feriados adiam as coisas, prejudicam negócios. Quando encostados nos fins-de-semana, ainda vá!Mas nada pio que aquele feriado inscrustado na semana, lá pela quarta, por exemplo! Aí ficamos com duas micro-semanas! Enfim: para funcionários públicos e assalariados é sempre um bom negócio! Já nós profissonais liberais...

Enfim: tô indo descansar com a família na orla. Se for possível, e houver ideias para isso, devo escrever algo por lá no tal teclado "qwerty" do meu blackberry. Ou não, vai saber!

Bom descanso a quem de direito, e bom trabalho para quem segue na labuta!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Lei, futebol, cinema...

Alterações na Lei

Anuncia-se que foi aprovado no Senado projeto de lei que altera dispositivos na Lei 8.245/91 (a chamada "lei do inquilinato). Destaca-se que, pelo projeto, passaria a ser possível a locação sem a garantia de fiador, caso o locador concorde.

Há outras alterações, principalmente no que se refere ao despejo. Mas me detenho nesse anúncio do fiador: como se a lei anterior obrigasse o oferecimento de garantia!

Ora, a garantia á locação, na qual o locador pode exigir ou fiança ou seguro-fiança ou ´caução sempre foi uma liberalidade do proprietário do imóvel. É óbvio que, quando ele não requisita uma dessas garantias - e elas sempre são alternativas, jamais podem ser cumuladas, ninguém mais vai obrigar o locatário a apresentá-las!

Eu gosto dessas chamadas para "novas leis": disciplinam o óbvio que já vinha inserido na lei antiga! Cheguei a ler num saite que a nova lei acaba acaba com essa obrigação! Ora, não acaba: se o locador exigir a garantia, irá tê-la. Se a dispensar, por liberalidade, segue o baile, como inclusive hoje ocorre.

Futebolísticas

Em noite de futebol na reta final do campeonato, o Grêmio jogando em casa e com um a menos desde os 32 do primeiro tempo, fez um 3x1 no Avaí sem sustos: dois gols de contra-ataque no segundo tempo minaram as pretensões modestas do time catarinense no jogo, que pouco ou nada assustou. Ainda marcou um gol como se isso significasse alguma esperança. A sorte do jogo já estava selada. Mário Fernandes saiu do jogo como a grande afirmação do ano!

Já o Inter, na espinhosa tarefa de encarar o São Paulo que descobriu que pode ser tetra-campeão, acabou sendo derrotado por 1x0 com um gol no apagar das luzes do primeiro tempo, feito por Washington. Não vi o jogo, dizem que o colorado jogou bem e não merecia perder - algo mencionado inclusive por dirigente são-paulino à saída do jogo. Termina a rodada ainda dentro do G-4, graças à perda de invencibilidade do Flamengo. Tem que se cuidar para não perder essa condição.

Restam seis rodadas, um tiro curto: nada que uma mobilização da dupla, combinado com resultados - pois nenhum deles depende de si para chegar aos seus objetivos maiores - que, se generosos, podem até surpreender. Eu, como gosto de futebol, torço por essas surpresas, mas quem disse que surpresa tem que ser boa?

Quinta é dia de cinema!

Tô com curiosidade de assistir o francês "Algo que Você Precisa Saber", que conta a história da família Cellier. Basicamente, é uma família como qualquer outra: são todos loucos (não sei por que isso me interessa...rss). A matriarca passa seu tempo falando mal das filhas e de seu marido aposentado; o filho mais velho é um empresário mal-sucedido; a do meio é uma artista depressiva e a mais nova é a enfermeira que tenta salvar sua família lendo o futuro nas cartas! Tudo muito normal até aparecer Jacques e mudar a "harmonia" familiar.

Estava passando no Guion Center 2 na semana passada, mas não garanto nada! Para variar, vou ter que depois cavocar as locadoras para assistir o DVD!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sonho cifrado

Foi ver que era um sonho o que eu sonhava sem saber, e certa feita lamúrias transpassaram os portões do claustro a que havia me submetido. Sem saber se era noite ou se era dia, sabendo todavia que era um sonho, pois pássaros cantavam sem tom, a primavera era a imagem desgastada de um retrato num passado remoto.

E entre estranhas paisagens o mito se revelava impessoal, os fatos desviavam-se da verdade confundindo as mentes daqueles que tentavam entender o estranho fenômeno que passava feito cinema mudo pela frente de suas retinas. Ali, ao alcance da mão, mas ao mesmo tempo intocável.

A percepção incapaz de descrever o improvável foi lançando erros à margem do imponderável. Buzinas sucederam-se feito ritual mágico, como se um engarrafamento de milhares de carros produzisse uma sinfonia digna de Beethoven. Era tarde no pensamento, era obscuro na mente, era inigualável o sentimento. Eu só sabia que acordaria à medida que as luzes se tornassem mais fortes.

Os portões se abriram e eu fui ganhando espaço dentre os carros enfileirados, de diversas cores mas numa tela preto-e-branco. Era o passado que estava ali, numa tevê Colorado à válvula. Era de um tempo que não volta mais.

Poderia ter visto o rosto de pessoas que não existem mais. Não vi. Poderia ter refeito o caminho dos atalhos que perdi. Não fiz. O momento era único e o sonho estava acabando. Era a hora de ser.

O silêncio varou aquilo que revelou ser a madrugada, e a claridade que aportava nada era mais do que o fim do sonho. Trouxe-me  de volta, para a escuridão do quarto. Para o mundo real, onde as coisas não são assim tão lógicas. Ciente do simbolismo que o sonho me trouxera, voltei a dormir.

O mundo, no lá-fora, de algum jeito também voltava a descansar.

domingo, 25 de outubro de 2009

Domingo de Grenal

Domingo de grenal é dia atípico, embora sempre tenhamos a impressão de que os grenais têm que ser aos domingos!

Presume-se o domingo perfeito em família, com coisas típicas do portoalegrense: Brique da Redenção, chimarrão, almoço em família, o sol a orquestrar os movimentos. Tudo em paz até as quatro da tarde, quando entram em campo nossas tensões!

Não tenho maiores prognósticos neste clássico que, segundo me disseram, é o de número 378. O Internacional, anfitrião, favorito por sua melhor posição na tabela, por jogar em casa e por ter (dizem, redizem, insistem) melhor grupo (do país do mundo da existência), vem com a confiança de seus torcedores abalada. É só conversar com colorados pelas ruas. Até os mais ardorosos convictos saem criticando o time de Lauro a Alecsandro, e o que não falar do Mário Sérgio.

O Grêmio, com o jeito carioca de ser de Autuori, vem como franco atirador. O próprio treinador gremista, que já tinha jogado a toalha, recolheu-a ante a, digamos assim, titubeada do Palmeiras em assumir a condição de favorito ao título. Desde o início do campeonato o tricolor persegue o G-4 (exatamente como o Inter, no ano passado), sem contudo atingir seu objetivo. Quando parece que chega perto, pá-pum, tem jogo fora de casa e a vitória é improvável. Vem sem Tcheco, o Grêmio, que para muitos é o grande desfalque, mas para mim é uma bela oportunidade de se livrar dessa nociva dependência.

Os mais cautelosos apontam para o empate, e aqueles que gostam de jogar com o coração alheio, falam em possíveis goleadas para ambos os lados. Grenal é, por regra, um jogo que pode tudo, e este mais uma vez confirma essa tendência!

Bom domingo a quem de direito!

***

P.S. (após o Grenal) - O Internacional venceu um dos piores grenais dos últimos tempos. Teria sido 0x0, e foi jogo pra isso, não fosse o frango monumental do goleiro gremista que toda a imprensa, pela simpatia que tem pelo jogador, está tentando justificar. Evidentemente, Victor tem crédito, e muito, com a torcida gremista, e nem mesmo essa falha num Grenal, que praticamente sepulta as chances tricolores no campeonato, poderá macular a imagem do jogador. Já do restante do time e do próprio treinador não se pode dizer a mesma coisa.

Já o Internacional renasce com a aproximação ao líder - e agora a ponta de cima embolou de vez: os cinco primeiros colocados com reais chances de serem campeões. Não dá pra dizer que o Inter mereceu ganhar ou perder, simplesmente "achou" a vantagem no início de jogo e dela não mais se desfez. Aliás, nenhum dos times mostrou qualquer condição de fazer qualquer gol que fosse. Jogo ruim mesmo.

A vida segue. Amanhã é segunda!

CLASSIFICAÇÃO DO BRASILEIRÃO 2009

1º Palmeiras 54

2º Atlético-MG 53
3º Internacional 52
4º São Paulo 52

5º Flamengo 51
6º Cruzeiro 48
7º Goiás  47
8º Grêmio 44
9º Vitória 44
10º Avaí 44
11º Corinthians 42

12º Barueri 41
13º Santos 41
14º Atlético-PR 39
15º Coritiba 37
16º Santo André 32

17º Náutico 32
18º Botafogo 32
19º Sport  29
20º Fluminense 27

sábado, 24 de outubro de 2009

Gerações

É sabido que as gerações não entendem uma às outras. A geração de meus pais não entendia a minha, eu não entendo a geração de minha filha. A de meus avós, consequentemente, não entendia a de meus pais. E assim por diante, numa infinitude que lembra o rótulo do Sapólio Radium.

Não há dúvida que a função das gerações (dizem por aí que ela vem a cada vinte cinco anos, com cinco pra mais e cinco pra menos de variação) é realmente romper com o padrão estabelecido. E por isso que chocam as anteriores, tornam incompreensíveis as atitudes comuns ao determinado grupo etário.

Gerações se formam por convicções políticas, morais, comportamentais e outros ais. Dá pra fazer uma boa análise dentre as gerações que viveram, por exemplo, a II Guerra Mundial, 1968 e o Impeachment de Collor, só pra ficar nas causas políticas.

Nesse contexto, é óbvio que não entendo essa geração que desabrocha. Ou talvez entendo, mas não aceite. Ou até mesmo aceite, mas não me convença. Fora as questões comportamentais que moldam o agir de um grupo, algo que realmente me preocupa é o superficialismo no conhecimento.

Certa vez minha irmã perguntou-me sobre um conto do Luis Antônio de Assis Brasil, que meu sobrinho de 16 anos precisava para o colégio. A notícia era que ele tinha se matado procurando. E eu: "É mesmo? Em quantas bibliotecas ele foi?". Evidente que eu sabia a resposta: "se matara" procurando no Google! Fala-se em biblioteca e o adolescente de hoje olha com aquela cara de "ahhhnn?"

Tem uma crônica do Fernando Sabino exatamente sobre isso - no caso, é a geração dele criticando aparentemente a minha, e olha que tem uma geração aí no meio. As queixas são as mesmas.










Quino, sempre genial, retratou isso de forma perfeita!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Projetos, meias-idéias, espasmos cerebrais

Por que precipitaste teu fogo doloroso
De repente, entre as folhas frias do meu caminho?
Quem te ensinou os passos que até mim te levaram?
Que flor, que pedra, que fumaça, mostraram minha morada?

Pablo Neruda

Estou numa fase de recompor projetos literários, e dentre as crises do tipo "nunca escrevi nada", esse tipo de garimpo acaba com certas paranóias.
 
Relacionei todos os textos um dia iniciados e que visaram dar a cara de livro: um foi publicado em 1993, outro está em análise editorial. Os demais, são projetos de "gaveta", mais especificamente de pastas organizadas no computador. Ao total, são quatorze:
 
1) Os invasores da Avenida Goethe (contos) – em análise editorial
2) A Busca (novela) – concluído, mas sujeito a revisão
3) Romance de Mentiras (romance) – Projeto retomado, em andamento
4) O Poeta de Plantão (poesias) – publicado em 1993. Esgotado.
5) O Último Beijo Antes de Cingapura (poesias) – Engavetado. Talvez um dia saia de lá.
6) Contos de Bar (contos) – em andamento, mas beeeem devagar.
7) A traição (novela) – projeto interrompido
8) O Último (romance) – projeto interrompido
9) Hubert & Lorena (romance) – projeto interrompido
10) WW (romance) – projeto interrompido
11) Cinco Anos e um Curso de Direito (romance) – projeto interrompido
12) Autobiografia não autorizada (biografia) – projeto perdido
13) Tratado dos Seres Notáveis (crônicas) – concluído
14) Vagabundos de Hamsum (romance) – projeto interrompido

Fui enumando conforme a memória facilitava o serviço, organizando os arquivos na pasta devida. Tudo eletrônico, nada físic: o espaço e as árvores agradecem (eu acho). Confesso também que chamo de projeto tudo aquilo que ultrapassou o limite de uma lauda, com uma certa auto-censura, pois assim, qualquer meia-idéia vira um projeto.
 
A maioria, senão todos, não vingará. Não tem importância, é assim como esse blog, mais um exercício literário. Como disse o Max Mallmann numa entrevista a um blogueiro: "se escritor fosse profissão, e provável  eu já tivesse sido demitido. Mas escritor não é profissão, é condição de vida!". Sem mais, endosso!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Existe vida inteligente em outros planetas?

A pergunta enseja uma série de ilações.

A primeira, faz lembrar uma tira das "Cobras no Espaço", do LFV. A nave ofídea desce em desconhecido planeta. De lá, as vozes: "Chegamos aqui para pesquisar se há vida... noturna". E a outra cobra: "Oba!"

A segunda foi a genial participação de um ouvinte no programa Polêmica, do Lauro Quadros: "E quem disse que na Terra há vida inteligente?", uma vez que a provocação era saber se havia inteligência além de nosso planeta. De fato, dá o que pensar!

Se existe vida inteligente ou noturna em outros mundos, eu não sei. Penso,num rasgo de genial obviedade, que seja possível que sim. Pronto, assim não me comprometo. Vai que afirmo com toda a segurança que há e um agente do Governo Norte-Americano me detém para averiguações:"You know much", ou algo que o valha!

Se fizerem um filme dessa cena, quer que o agente seja o Laurence Fishburne, e meu papel pode ser vivido por Matthew Perry (o Chandler, de Friends, meu alter-ego). Ah, dirigido pelo Martin Scorcese, e quero fazer par romântico com a Catherine Zeta-Jones. O quê? Sim, com cenas de sexo, óbvio. Se ela topar pornô, faço o sacrifício de denigrir a minha imagem!

Por falar em vida inteligente, ou a falta dela, Paulo Sant'anna acerta ao dizer que o tal "impixe" como existe, é só para espetáculo. Pois, se o governante alvo do processo tem maioria no Congresso, se livra solto. Caso contrário, é "impixado".

E por falar em vida noturna, o "Trio Ternura" voltou a se encontrar, claro que tinha que ser no Ritrovo. Foi na noite de sábado, 17/10, e pelo menos da minha parte foi ao acaso.


Celular que tira retrato à mão, ficou o registro: Marcelo, Fabi Milde e eu. Os moderadores da conceitual "Eu Fecho o Bar". Eles fecharam a pista do Dhomba, na Lima e Silva, eu voltei pra casa com Raquel pois acordaríamos cedo no domingo (sim, eu sou de outro mundo, gosto de acordar cedo no domingo!).

Espero mesmo que as promessas de reencontros não fiquem na conta da música "Sinal Fechado":

– Olá! Como vai?

– Eu vou indo. E você, tudo bem?
– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro...
E você?
– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranqüilo...
Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é, quanto tempo!
– Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios!
– Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
– Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
– Pra semana, prometo, talvez nos vejamos...Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é...quanto tempo!
– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das
ruas...
– Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
– Por favor, telefone - Eu preciso beber alguma coisa,
rapidamente...
– Pra semana...
– O sinal...
– Eu procuro você...
– Vai abrir, vai abrir...
– Eu prometo, não esqueço, não esqueço...
– Por favor, não esqueça, não esqueça...
– Adeus!
– Adeus!
– Adeus!

... com a perfeição de Chico Buarque, e a musicalidade de Paulinho da Viola!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Viver a vida que tem que ser vivida

O brocardo "carpe diem", usado pelo professor Mr. Keating em 'Sociedade dos Poetas Mortos', papel vivido com perfeição por Robin Willians no belíssimo filme de Peter Weir (diretor ausente das telonas praticamente desde o Show de Truman, de 1998, que agora termina "The Way Back", baseado nos soldados perdidos na Sibéria em 1940), serve muito para ancorar nossas, digamos assim, preces do dia-a-dia.

O jornalista André Machado, que apresenta o Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, de segunda à sexta, a repete diariamente no final de seu programa: "aproveite o dia", e foi mais ou menos o que me deu o tema para discorrer por aqui!

Uma outra maneira de se dizer isso é: viva a vida que tem que ser vivida. Somos muito agonizantes e agoniados com o atropelo do dia-a-dia, com trabalho, família, mil e um encargos, as contas que não param de chegar, o dinheiro que resiste em aportar nos nossos bolsos e os paraísos ideais com que sonhamos se não fossemos quem somos!

Falo na primeira pessoa do plural, generalizando. Até porque não sou assim, sempre fui uma espécie de exceção à regra: seja por espírito crítico, vontade de justificar minhas próprias escolhas ou simplesmente ser do contra. Ir contra a maré muitas vezes molda o nosso caráter e, céus, como tenho dificuldade de aceitar as coisas como elas simplesmente são!

Mas eu falava em sonhos paradisíacos sendo quem não conseguiríamos ser. O velho sonho de acertar na loteria e se mudar para uma ilha e lá ficar entre a natureza e um bom centro urbano a uns, digamos, 80 Km. Claro que com celular, tevê a cabo HD, banda larguíssima e assinatura da Playboy pra não perder a Fernanda Young em novembro! Mas e o tédio?

Há quem diga que não existe o tédio nessa vida perfeita. Mas será mesmo que é perfeita? Não canso de ouvir dos amigos que desapareceriam com um basto prêmio milionário depositado no Banco, vivendo dos rendimentos fixos. Mas e os amigos, a família, o apego a tudo que se cerca?

Na verdade, eu acredito sinceramente que são as famosas "maneiras de se falar". Somos apegados demais ao nosso chão, de forma geral (e sempre as exceções estarão aí para confirmar as regras) e por mais que vivamos a vida de outro por algum tempo, num determinado momento, sentiremos a necessidade de viver a nossa própria - eu particularmente não mudo meeeesmo por causa de dinheiro, seja ele quanto for! Acredite se puder!

Por enquanto, vamos ficando por aqui: escrevendo, blogando, advogando, namorando, educando, brincando, curtindo - vivendo! Aproveite a vida!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Noite de domingo ou manhã de segunda?

Já me sinto com um enorme compromisso com meus leitores, que dobraram desde que mais duas pessoas declararam que estão acompanhando este blog. Um compromisso de ser um pouco mais sério do que os blogs que andam por aí - em minutos pode-se navegar por uma centena deles que são apenas recortes de bobagens que se catam por aí: vídeos do youtube, fotos que não interessam a ninguém, charges perdidas de pasquins abobalhados!

De qualquer jeito, e nesse compromisso de não falar nada com nada, fica a pergunta: escrevo pela noite de domingo que se foi ou pela manhã de segunda que virá (creio eu)? Será que tanto faz? O fim de semana passou de forma intensa, sem tempos para elaborações outras. O que, em si, daria muito assunto, mas.

Ocorre-me então que escrever assim sobre o nada é uma baita falta de responsabilidade. Bom para testar audiência, embora qualquer leitor que eu perca representará algumas dezenas em percentuais na queda de popularidade. O blog bem que podia medir isso: "hoje você caiu 50 % em popularidade"!

Mas bem: foi-se o fim-de-semana ("findi" para os jovens de outrora, "fds" para os miguxeiros de plantão). Com tempo razoavelmente bom pelo menos em Porto Alegre e arredores. Com o Grêmio vencendo e o Inter empatando, as calculadoras de ambos os times funcionando a milhão. Sem ouvir rádio, até mesmo porque se dá um tempo pra política nesse período, sem mais notícias dos pufes da casa da Governadora!

E Fernanda Youg pousará para a Playboy de novembro! Comprarei? É possível,  pois como ela disse, não é sempre que uma capa da Playboy tem oito livros publicados. 39 anos! Acho que é pela parceria da geração 1970! Eu poderia ter me apaixonado por ela no colégio. Talvez um dia fale abertamente sobre isso aqui no blog. Não sobre a Fernanda, com quem obviamente não estudei, mas sobre a paixão adolescente em si. Aguardemos! Enquanto isso, dou uma espiada na Playboy.

E pra quem tem quatro minutos pra perder, tem um vídeo (claro que no iutube) de uma comediante chamada Mhel Marrer ("Humor de Salto Alto"), que passou no Jô. É legal! Como ainda não aprendi a postar o esquema de colocar direto o vídeo, aqui vai o endereço: http://www.youtube.com/watch?v=TtbNvZhtiSE&feature=popular

***

Meio viciado nesse negócio de blog, também estou desenvolvendo um com objetivo profissional. Certamente mudará de endereço (provavelmente para www.blog.mizunskiconsultoria.com.br), mas para isso dependo de meu web designer - que provavelmente não "me" lê. Até lá, vou burilando no www.consultordeconsumo.blogspot.com, para divulgar as palestras que ando realizando por aí.

Estava até escrevendo um texto sobre o famoso troco em bala, que inclusive integra a palestra e é um assunto que pretendo ampliar. Mas aí bati em qualquer coisa aqui no notebook e puff!, sumiu o texto sem chance de regresso. Reescrevo, mas sempre dói e dá trabalho, feito o wordstar, quem lembra?

Enfim, um monte de coisa sobre nada. Bom para iniciar uma segunda-feira. Prometo (pra mim mesmo pois não tenho certeza que esta página atinja algum par de olhos) que para amanhã retomarei o bom senso. Ou não.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Iutubes e etc

Anuncia-se que, em breve, o Youtube (ou no aportuguesado "iutube") terá tecnologia digital, quer dizer, a mesma qualidade que vemos nos DVD's ou mesmo na transmissão de tevê a cabo de alta fidelidade (alta fidelidade já é um termo antigo!)!

Era o que faltava para fazermos mais uma reverência a essa ferramenta tecnológica criada por adolescentes que alternavam suas vidas entre o micro e idas furtivas ao banheiro para descobrir sua sexualidade (uma enorme frase para substituir um termo que a auto-censura do blogueiro não permite!).

Garimpamos hoje qualquer coisa no Youtube, graças a essa criação púbere e, diga-se de passagem, aos internautas que têm o trabalho de colocar o vídeo no ar (não, ele não aparece lá sozinho, alguém tem que colocá-lo lá!).

Pois bem: aí vem os campeões de audiência, como a farsa que encantou o mundo (céus, como as pessoas deixam-se enganar) chamada Susan Boyle, ou Vanusa cantando o Hino Nacional.

Mas há coisas impagáveis, como o terrorista morto Achmed. Impagável. Para quem ainda não assistiu, ou quer assistir novamente: http://www.youtube.com/watch?v=9dsClG9fPs0&feature=fvst.

Os Melhores do Mundo

Também hilária e já clássica é a apresentação motivacional de Joseph Klimber, que podemos ver no DVD d'Os Melhores do Mundo, provavelmente a melhor companhia de teatro cômico no Brasil. Também, e obviamente, está no Youtube em diversas gravações. Garimpei a do DVD, que podemos conferir em http://www.youtube.com/watch?v=a18oBxQ051M.

Tive a oportunidade de assisti-los em abril, no Salão de Atos da UFRGS, no espetáculo "Hermanoteu na Terra de Godah" (disponível em DVD e, of course, no Youtube). São noventa minutos de riso sem parar. Piadas inteligentes e recorrentes a especificidades locais - os caras atravessam o Brasil e agregam à sua apresentação o pitoresco local!

Felizmente tais coisas não são imperdíveis: eles estarão de volta a Porto Alegre, entre 13 e 15 de novembro, no Teatro Bourboun Country, com o espetáculo "Melhores do Mundo Futebol Clube". Tem, no youtube, a cena "A invenção do futebol", e é de se dobrar de tanto rir! E claro, em novembro estarei lá para assistí-los. Imperdível!

O interessante é que essa gente, ou pelo menos alguns dele, integram ou integraram o elenco do "Zorra Total", da Rede Globo, humorístico de qualidade extremamente duvidosa. Um deles, Jovane Nunes, é o Zeca Pimenteira do programa, aquele que diria lendo esta coluna: "Eu sempre quis ter um blog assim", antes do blog sair misteriosamente do ar! Se você não acha graça do personagem, e pensa que o ator é sem graça, ledo engano: é, talvez, o mais engraçado do grupo (na cena do futebol, ele faz o impagável rei!)!

Também interessante é dar uma olhada no saite dos caras, que acompanha blog com texto, fotos e vídeos das andanças da trupe. Se forem lá atrás, em abril, vão achar o vídeo sobre a apresentação em Porto Alegre: http://www.osmelhoresdomundo.com/.

Realmente, vale a pena rir!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dando as Cartas

Ontem assisti num dos canais Telecine a "Quebrando a Banca" ("21", EUA, 2008, dir. Robert Luketic). Kevin Spacey vive Micky Rosa, professor de matemática do cultuado MIT (Massachussets Institute Technology) onde ele idenfica no estudante Ben Campbell (Jim Sturgess) um verdadeiro gênio na arte de contar as cartas no famoso jogo de cassino "21"(também conhecido como "blackjack"). Formando um time com outros estudantes hábeis, vão aos cassinos de Las Vegas "quebrar a banca". Ben tem o objetivo de juntar U$ 300 mil para ingressar na escola de Medicina de Harvard, e se encanta pela bela Jill Taylor (Kate Bosworth).

Já o professor vivido pelo sempre excelente Spacey é um antigo jogador de cartas e lidera o grupo. Guarda um segredo no passado. No caminho desses jogadores, há Cole Willians (Laurence Fishburne), um segurança profissional dedicado a indentificar fraudadores dos sistemas do cassino à beira da aposentadoria forçada por conta de um moderno software que mapeia jogadores indesejados.

O filme prende a atenção e não chega a surpreender, já que o rumo que a trama tomará é revelada no meio da história. Mas é bom esses filmes onde não há mocinhos, pois passamos a torcer por pessoas bem mais reais. Afinal, o filme é baseado em fatos reais!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Retorno

De volta, após fim-de-semana, feriado, terça-feira de volta ao trabalho, coisas para pôr em ordem, aquele negócio todo. E no mais, parece que o descanso prolongado esvaziou a mente de coisas pródigas, realmente ontem eu não tinha nada de edificante para escrever, preferi calar.

No entanto, não posso decepcionar meus leitores - são dois, por isso o plural. E como a idéia aqui é, acima de tudo, exercitar a escrita diária, vamos aos fatos, verídicos ou não.

Politicamente falando...

Segue o imbróglio sobre a governadora e seus asseclas. E sobrevêm recursos e mais recursos, dentro do princípio do amplo contraditório, o que sou sempre favorável desde que respeitado o devido processo legal - o que nem sempre é observado, como já pude perceber nesses quatorze anos de advocacia.

Hoje, ao que se noticia, julga-se um recurso de agravo de instrumento interposto pela governadora contra a decisão da juíza de primeiro grau que negou sua exclusão da ação de improbidade. Ou seja, discute-se aspectos formais que não atingem o direito material - o chamado mérito da questão. Ignoro o posicionamento que terá o TRF sobre a questão mas, qualquer que seja, será objeto de recurso próprio, ao STJ ou STF, de acordo com a matéria a ser discutida.

O Zé Povão não entende nada nisso e não porque é burro: é porque não quer mesmo entender. Guia-se pelo binômino culpa/inocência, e é o que o jogo político empurra para lá ou para cá. Usa-se as decisões jurídicas politicamente, e quanto mais retardado esse julgamento, mais aparência de "inocência" se dá aos acusados.

Afinal, e ainda, todos são inocentes até o julgamento final! Que no caso político, não termina nunca!

A bola rola

Hoje pouco importa Brasil x Venezuela. Sequer sei onde é o jogo! Até porque desde 1985 não sei o que é torcer para a seleção. O foco dos que gostam de futebol, e estou dentre estes, estará em Montevidéo, no embate entre Uruguai e Argentina.

O time de Maradona joga pelo empate, o cisplatino precisa da vitória. O Equador, por fora, necessita da vitória no Chile contra a seleção local já garantida na África do Sul. Se vencer, depende do resultado do jogo no Uruguai para saber se entra na vaga direta pra Copa ou vai para a repescagem.

Eu tô apostando na vitória da Argentina e no empate do Equador, o que leva o Uruguai (mais uma vez mais) para a disputa na repescagem. E garante o time de Maradona na Copa. Será que garante o Maradona?

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Feriadão também no Blog?

Como brasileiro não vive sem feriado e eu por mais que não pareça sou brasileiro, lá vou eu acompanhar o rebanho. Hoje já tô em operação tartaruga, no meio da tarde sigo para a orla. Não trabalho segunda, volto na terça dia 13.

E provavelmente também voltará o blog, até porque não sei se frequentarei o mundo virtual nesse feriadão. Levo notebook e blackberry, é verdade, mas não tenho certeza se conseguirei me conectar - essas coisas ainda não são de confiança.

De qualquer maneira, pretendo escrever - sempre pretendo, nem sempre consigo.

Mas o que seria de nossos planos se cumpríssemos todos? Fui!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Política, futebol & cinema, não vivo sem!

Cerco à rua Araruama

Novas denúncias da Oposição dão conta que a Governadora gaúcha teria adquirido bens para sua residência, inclusive para ornamentar o quarto dos netos, com dinheiro público. A prática, inclusive, não é negada pelos governistas, sob o argumento que o processo foi transparente e legal, sendo auditado e autorizado pela CAGE.

O argumento que ao final procura sustentar a questão seria de que a prática é antiga, com governantes anteriores terem feito o mesmo. Ou seja, gastam o dinheiro público sob o compromisso de, findo o mandato, devolve-los ao Patrimônio ou ressarcir o erário. Sei.

Todo esse barulho vem como fato novo numa tentativa oposicionista de mudar as perspectivas para a votação do relatório da Deputada Zilá Breitenbach (PSDB). Aliás, essa da Deputada Zilá ser a relatora do pedido de impeachment da Governadora é a piada do ano!

Futebóis

O Internacional voltou a vencer e parece que Mário Sérgio veio ressuscitar D'Alessandro. Ao que parece, o argentino não será propriamente mimado pelo "vesgo", mas certamente terá um cartaz bem melhor com o treinador do que com o seu antecessor. Talvez, com Mário Sérgio, haja menos busca de equilíbrio e mais de resultados, que é do que o Colorado precisa. O jogo de ontem já foi assim: um Internacional sofrível que, ao fim e ao cabo, venceu por 3x1 um dos piores times do certame que veio todo descaracterizado. Era uma obrigação vencer, e isso foi feito.

Já o Grêmio jogou 55 minutos e parou, mas parou totalmente.Só que parou diante de um Atlético PR ineficiente. Pensei - temi - que a entrada de Alex Mineiro significaria o crime na Arena. Não aconteceu. O Tricolor deixou de ganhar e segue patinando atrás do pelotão que integra o G-4 e ainda com o tráfego do quinto e sexto colocados, o que ainda mais dificulta uma missão cada vez mais áspera. Assim como ontem, o jogo de sábado contra o desinteressado Corinthians de Mano Menezes é uma obrigação.

Os gaúchos totalmente na obrigação.

Quinta é dia de cinema!

Não fui assistir, mas o polêmico Anticristo de Lars von Trier dá o que falar. A trama, ao que se noticia, consiste da trágica morte de um bebê ao cair de uma janela enquanto seus pais transam.

O psicanalista Mario Corso, em artigo na ZH de hoje, chama o filme de "sofrimento gratuito", um "pornografia dos abismos da alma para render pouco". Pelo que se lê, o filme pouco ou nada passa disso. Talvez seja apenas aquele desejo de querer ser polêmico, bem ao gosto de Trier.

A cena inicial me lembra um pouco uma passagem do excelente "Trainspotting" (1996), de Danny Boyle, igualmente horrenda, em que um bebê morre de inanição enquanto no entorno sua mãe e seus amigos viciados viajam na heroína e coisas do gênero. Péssimas mães que, viciadas em sexo e drogas, perdem seus filhos. Melhor para os bebês? Bah!

A diferença nesse filme é que a terrível situação é apenas mais uma das tantas na trama dos amigos em busca de grana e drogas. A trama passaria bem sem ela, mas tudo bem. Já o filme de Von Trier parece que foi feito para justificar a cena inicial.

O que me faz lembrar outro filme de violência (totalmente) gratuita. "Irreversible" (2002), de Gaspar Noé, também foi cercado de polêmica e declarações de amor e ódio. É um dos filmes mais horríveis que já vi e pretende ser inovador ao contar, de trás para frente, a história de um estupro e a caça ao estuprador. A cena em que a belíssima Monica Belucci é seviciada é demasiada longa e causa um mal estar irreversível,
assim como a terrível cena do extintor de incêndio.

E aí, as pessoas vão para ver o sexo, ver a queda, ou simplesmente porque a polêmica está na ordem do dia?

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Leis anti-fumo

E vem o Estado do Rio Grande do Sul restringir o uso de cigarros e assemelhados em locais fechados de uso coletivo - já chamada de lei anti-fumo.

Inobstante a lei municipal de Porto Alegre que entrou em vigor em 2007 e praticamente não foi fiscalizada pela SMIC, a Assembléia Legislativa aprova lei similar para todo o Estado. Por aquelas coisas íncríveis da lei, não há sanção para seu descumprimento.

Não sou um militante anti-fumo. Já tive meus dias de fumante que, felizmente, não vingaram. No entanto, vivo bem sem o cigarro ao meu redor, e se puder não tê-lo por perto, tanto melhor. Mas não levanto bandeiras!

No entanto, estabelecer a regra sem uma consequente punição para o eventual descumprimento é de uma inocuidade sem precedentes! E o pior, que é o caso da lei municipal, quando pune não o infrator, que seria o fumante, mas o estabelecimento comercial. Parece que o legislador desconhece que a pena não pode passar da pessoa do infrator - seria possível punir o estabelecimento que não colocasse cartazes de "proibido fumar", mas é descabido puni-lo se alguém descumpre a lei!

Ouço ainda na rádio que o autor do projeto, ontem aprovado na Assembléia, é o mesmo que propôs a lei que proíbe a venda de bebidas alcóolicas nos estádios. Desconsiderado o exagero do meu comentário, parece que o parlamentar não pode ver ninguém se divertindo!

Mas isso é uma outra discussão!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Túneis de tempo

Em geral, reservo a terça-feira para falar de coisas que passaram e que ficam gravadas na memória e na retina de nosso permanente saudosismo - do meu, ao menos, pois conheço pessoas totalmente desapegadas ao passado.

Mas ontem acabei fazendo remissões a tempos idos, ao lembrar de episódio que vivenciei no vestibular da UFRGS de 1988 - aquele de duas etapas: começara em dezembro de 1987 e terminara em janeiro do ano subsequente. Que tempos!

Ao final da crônica de ontem, rememorei Mercedes Sosa relembrando que não se pode "volver a los 17", lincando a morte da cantora com o assunto desenvolvido. E também o passamento de Mercedes me faz pensar como as pessoas vão, e vão mesmo! Outras vêm! É aquela velha dialética!

Voltar  a Morrer

Noite dessas também sonhei que estava num avião em queda livre. Céus, a sensação é terrível. Consciente de que iria morrer - o que eu estava fazendo naquele bólido aéreo o sonho não explica - procurei me preparar para poder sentir o que é morrer. Deu tempo de ouvir um estouro e depois um silêncio que parecia celestial, mas vai que o capeta sabe fazer silêncio também. Mas o silêncio não era nem do paraíso tampouco do inferno: era apenas a madrugada que repousava silente ao redor. Bonito isso. Mas que foi uma sensação do caramba (pra não dizer outra expressão mais forte), ah!, isso foi.

Não foi o primeiro encontro com a ceifadora em meus sonhos: por duas vezes, ao menos, lembro de ter sido alvejado por tiros que me vitimaram; outra, eu caía de um prédio. Em todas elas, as sensações vividas à flor da pele!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Suspensão do ENEM e Mercedes

A suspensão das provas do ENEM por anunciado vazamento do conteúdo das questões me faz voltar a 1988, quando eu prestava meu primeiro vestibular. Para Direito, na UFRGS.

Na época, o vestibular contava com duas etapas: a primeira, idêntica para todos os candidatos, consistia nas nove provas (geografia, história, portugues, literatura, lingua estrangeira, matemática, química, biologia e física) com vinte questões cada uma, divididas em dois dias - sábado e domingo. Num dia, as cem questões das humanas. No outro, as demais oitenta das exatas.

Para passar na segunda etapa, eram precisos 30 % de acertos em uma e outra. Passei nessa primeira fase, até porque eu considerava uma vergonha não consegui-lo (tá certo que nas exatas foi por pouco, fiz 28 acertos - eram necessários 24).

Bem, a segunda etapa consistia em provas específicas, segundo grupos de conhecimento dos candidatos. Eu, como candidato a uma das 60 vagas do curso de direito (contra 2.400 pretendentes), prestava provas para Português (o que incluía redação), História (que continha perguntas dissertativas), Literatura e Língua Estrangeira (minha opção foi o inglês).

Não tenho os números exatos na minha cabeça, apenas lembro bem que em Literatura "passeei em campo": foram 18 acertos em 20 questões na primeira etapa e 26 das 28 da segunda etapa.

Português também tive desempenho satisfatório e Inglês consegui apenas me defender (se não me engano na segunda etapa foram 15 acertos das 25 questões).

O problema foi História. No dia anterior, foi divulgado na imprensa o gabarito das provas que ocorreram naquele dia. Por algum maldito equívoco, divulgaram o gabarito da prova de História, que ainda iria se realizar. Pânico geral, aglomeração de pessoas nos cursinhos pré-vestibulares! Eu me lembro até hoje do Prof. Kaplan rindo: "os outros cursinhos dão dicas, nós damos o gabarito!".

Resultou que foi aplicada uma prova reserva. Eu, que já estava completamente desestabilizado emocionalmente - seja pelo mediano aproveitamento da primeira etapa, seja pela pressão familiar, seja pelo meu próprio despreparo - foi o que faltava para eu fazer a prova com total desconfiança.

Eu gostava de História e até estudava. Vinha de um segundo grau sem nenhuma informação dessa matéria, pois cursara o abominável "Auxiliar de Laboratório de Análises Químicas" e simplesmente não tive história no segundo grau. O pouco que aprendi foi no cursinho.

Nesse contexto, fiz a prova completamente nervoso, e ainda me lembro de uma pergunta  que li atônito: "Quem foi Enéas?". Para mim fora o centroavante da Portuguesa nos anos 1970, mas essa opção não tinha na prova.

No fim, o nervosismo tomou o espaço do pouco preparo: fiz apenas 11 acertos das totais 25 questões, muito abaixo do meu rendimento (na etapa anterior, das 20 questões de História, eu acertara 14)!

Desabei. Tenho consciência que não foi por isso que não obtive uma das 60 vagas disponíveis para os 2.400 candidatos. Ainda assim, diante de tamanha concorrência, fiquei em 161º lugar. Nunca me questionei se o sucesso em história teria sido suficiente. Aquele vestibular foi dolorido.

Por isso, quando dizem que a suspensão do ENEM é uma boa notícia para os alunos, penso que somente para os cuca-frescas: todos os demais andam nervosos demais com a necessidade imperiosa de obter uma vaga na Universidade, e penso que o psicológico pesa bastante.

Ainda mais quando se tem 17 anos. E não se pode "volver a los 17", como cantara Mercedes Sosa, que nos deixou nesse fim de semana: a voz da América se calou! Obrigado, Mercedes!

sábado, 3 de outubro de 2009

Uma década de R$ 80 bilhões

A década de 2010 no Brasil anuncia-se como aquela representativa de R4 80 bilhões de investimento em infraestrutura e adjacências, para os eventos da Copa do Mundo de 2014 e as Olímpiadas do Rio de 2016.

Desde sempre sou contra a realização desses eventos no país - ainda que se fale muito nos investimentos que, por se tratar de investimento, devem representar receitas respectivas. Pois então: por que não se divulga a previsão dessas receitas, já que há uma previsão de gastos?

Evidente que esses oitenta bilhões têm que ter retorno, e não somente na infra-estrutura que fica, na divulgação do país (no caso das Olimpíadas, do Rio) e no turismo: receitas serão geradas em função desses eventos.

A pergunta que se deve fazer é se esse montante a ser investido é o mais adequado para se gerar o desenvolvimento esperado. Certamente haverá uma plêiade de opções mais devidas para o país, mas quanta gente não está nem aí pra isso?

Polanski

Fiquei surpreso com a repercussão sobre a prisão do cineasta Roman Polanski - diretor do impagável "A Dança dos Vampiros ("Dance of Vampires"), de 1967, que também atua no papel de Alfred, assistente do Dr. Ambrosius. Destaque-se também, no filme, a participação de sua esposa, a belíssima Sharon Tate, que seria assassinada em 1969 por fanáticos religiosos comandados por Charles Mason.

A surpresa foi justamente na defesa aclamada em favor de Polanski, condenado por estuprar uma menina de 13 anos em 1977. Houve quem dissesse que não fazia sentido uma prisão após tanto tempo (no Brasil a pena já estaria prescrita há muito), e que isso só seria a afirmação do moralismo norte-americano.

Eu não entendo assim: ao que se sabe, não houve erros no processo, no contraditório. O estupro resultou do constrangimento de menor de idade mediante violência e com uso de drogas. Se se passsaram cinco ou cinquenta anos, que bom que as leis, as autoridades e a esperteza do réu não estão acima da responsabilidade dos danos criados, como sói acontecer por aí.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Roda-Gigante

APESAR de ter passado quase uma vida inteira por ali, ela não conseguia lembrar que construção houvera naquele terreno baldio que ocupava uma quadra inteira. É como se sua lembrança fosse preenchida pelo vazio de seus dias. Não importava mesmo o que existira ali, talvez nada mesmo tenha havido e sua impressão era apenas algo perdido no passado.

Há muitos anos ela era estoquista em uma fábrica de parafusos. Contar, separar, ordenar e classificar; inventariar, repor; depois contar, separar, ordenar e classificar novamente. E mais uma vez inventariar, e depois repor, contar e assim sucessivamente por longas oito horas diárias, durante os cinco dias da semana e mais as manhãs de sábado. Seu chefe era um sujeito um pouco gordo de unhas sujas que pigarreava a todo instante, reclamava, andava à toa pelo depósito, sumia de vez em quando talvez atendendo ordens superiores.

E saía às seis da fábrica para passar na padaria e comprar algum pão para comer à noite enquanto reordenava as coisas em seu pequeno apartamento alugado num conjunto habitacional popular não muito longe do trabalho. Sala, cozinha, quarto, banheiro, área de serviço. Ligava a tevê à toa no canal que todos viam sem pensar e ela mesma sequer via, apenas passava da cozinha para o quarto tropeçando em algumas coisas que acabavam espalhadas pelo chão da sala. Seguia na mesma rotina até dez e pouco da noite, quando tomava banho, fazia sua higiene pessoal, desligava as luzes, conferia se a correntinha da porta estava presa e ia dormir. Até as seis da manhã, quando acordava para fazer seu café e preparar o sanduíche que comeria na fábrica, durante o intervalo.

Precisamente todos os dias às sete horas e quarenta estava na rua para cumprir o rotineiro roteiro até o serviço. Quinze minutos de caminhada sem pressa, pensando na falta de sentido para tantas coisas, e ainda chegava com uma folga para fumar um cigarro e conversar banalidades com as colegas.

Mas naquele dia, antes de chegar à fábrica, caminhando absorta pela rua, surpreendeu-se – e pensou meu Deus, quanto tempo que não me surpreendo com nada – com algo tão banal que parecia até mesmo que mudaria sua vida. Naquela última noite, depois de não conseguir fixar na lembrança o que havia sido demolido naquele quarteirão, caminhões haviam aportado ali e descarregavam ferros, lonas, estruturas. Quase parou para tentar descobrir o que estava acontecendo, e não parava nunca naquele pensado trajeto matinal. E logo percebeu que se tratava de um parque de diversões que chegava à cidade – diversas placas coloridas se erguiam anunciando atrações: carro-choque, cavalinho, carrossel, montanha russa, etc. E roda gigante.

Chegou ao trabalho um minuto após o habitual, mas ainda com quatro de folga para fumar seu cigarro e conversar com as colegas. Por um momento ficou rememorando o que vira: homens carregando madeiras, máquinas barulhentas, ferros sendo erguidos. Mas logo absorta nas horas de rotina estava ela compenetrada para contar, separar, ordenar e classificar.

Foi nesse dia mesmo que o chefe anunciou que a empresa estava fazendo cortes: recessão, escassez, globalização foram algumas das bobagens que o homem disse – e que não entendia o que estava falando – para justificar que haveria demissões. O sindicato, alguém tentou argumentar, e o chefe deu de ombros, ele sequer era sindicalizado: era chefe, estava do lado do patrão. E todos voltaram a funcionar dentro daquele galpão de estoques no fundo da fábrica, temendo por seus empregos.

Ela não chegou a temer pelo futuro – tantos anos, quantos? Já nem sabia mais, todos dedicados à firma. Sexta feira, alguém disse, e era a recém quarta. Duzentas demissões, outro disse que ouvira um boato. Nada que fosse tão concreto ou chegasse a seu mundo com tanta facilidade.

Assim mesmo, sem pensar, fez todo o caminho de volta, o de sempre. Inverno, já escurecia cedo. E parou um momento quando viu as luzes do parque brilhando, e um recém movimento começando. Pessoas, crianças, balões, pipoca. Brinquedos funcionando. E roda gigante.

Não parava nem na ida, nem na volta. Ainda nem passara na padaria para comprar seu pão. Mas se deteve na calçada, e ficou a mirar – já admirava – a roda gigante. Pois nunca mesmo andara numa. Nunca ira a um parque de diversões. Nunca.

Não soube precisar quanto tempo ficara ali parada, mas o suficiente para alterar sua rotina. Acabou não comprando pão, acabou não arrumando a casa. Ficou sentada no sofá, tevê ligada e seus olhos nada assistiam. Era como se sua mente por igual nada pensasse. Era como se parasse de funcionar.

Dormiu sem que sua rotina fosse observada, dormiu de meias. Teve sonhos redondos – nunca sonhava nada, nunca se lembrava de qualquer sonho que possa ter tido, dormia como se não tivesse estado ali. E acabou precisamente na hora de sempre.

No seu andar, acabou comprando um sanduíche na padaria – natural, cenoura, alface, beterraba. A moça embrulhou com cuidado em papel-filme, ela carregou dentro da bolsa, absorta. E novamente – como teria que ser sempre – passou defronte ao parque. E lá viu, apenas, e de novo, a roda gigante. Parada, absorta como ela. E como tudo tende a se repetir, não soube mensurar o tempo inerte na calçada, defronte à tela que a separava daquele brinquedo – tão misterioso quanto ela. Poderia ter sorrido, não soube ao certo se sorriu, soube apenas que concluiu seu ritual seguindo adiante. E chegou ao trabalho sem nenhum minuto de folga: não fumou, nem conversou com as colegas.

Durante a rotina laboral, sequer notou que as colegas não se olhavam, não conversavam, emitiam quase que grunhidos suficientes para a necessária comunicação. De resto, cabeças baixas, rostos preocupados. No dia seguinte duzentas pessoas estariam sem emprego, passariam meses tentando nova colocação. Ela não atingia tamanho grau de absorção. Apenas detinha-se em contar, separar, ordenar e classificar. E, vez por outra, detinha-se no formato de algumas porcas: redondas. Como roda gigante.

Saiu uma vez mais do trabalho, precisamente ao toque das dezoito horas. Depois foi como se o tempo não existisse, como se dormira em pé no seu repetido trajeto. Parada defronte ao parque, olhos reclusos na roda gigante. De novo a precisão temporal foi algo que lhe escapou ao alcance. De novo destruiu sua rotina. Mais uma vez chegou em casa sem o pão, e novamente dormiu de meias!

Na sexta-feira acordou como se tivesse perdido o horário: consultou o relógio, estava quinze minutos atrasada. Levantou-se com a pressa dos perdidos, vestiu-se com o que tinha à mão, não passou na padaria e quase conseguiu passar correndo pela roda gigante. Mas parou.

E parou, e era como se não quisesse mais sair dali. Brinquedo parado, sujeira de uma noite inteira de brincadeiras espalhadas pelo chão, a roda gigante adormecida como se quisesse lhe contar toda a história. Dali mesmo, com o profundo silêncio de uma manhã adormecida, ouviu o apito da fábrica. E correu, como nunca correra em sua vida, para chegar à tempo. Sem cigarro, sem conversas.

O chefe a recebeu no pátio da fábrica, repreendendo-a. Como chegar atrasada em pleno dia de demissões? Pensava mesmo que tanto fazia se fosse mesmo demitida? Foi orientada a se dirigir para o auditório da fábrica. Lá, em pé, todos operários aguardavam sua sentença.

O diretor administrativo, impávido de gravata, enunciou as razões de tantas demissões e elogiou o trabalho de todos: sem exceção, estavam de parabéns. Aos que ficavam, um ânimo para que continuassem produzindo. Aos que saíam, cartas de recomendações, e as portas abertas para voltarem quando a situação melhorasse. A lista de demissões estava sendo afixada no pátio naquele instante.

Os trabalhadores acotovelaram-se em torno da extensa lista: gritos desesperados, rostos consternados, pessoas enfurecidas. Seguranças tentavam acalmar os ânimos, o chefe sentou-se no chão, encostado em uma parede: estava demitido.

Somente depois de alguns minutos, quando os demitidos procuravam consolo nos braços daqueles que se salvaram, é que ela se aproximou, e lentamente, acompanhando a ordem alfabética, viu que seu nome não constava na lista.

Não houve emoções, nem surpresas. Apenas olhou mais uma vez a figura do chefe, entre lamurias “a minha família”, e voltou-se para seu bunker de trabalho. Seriam mais 8 horas contando, separando, ordenando e classificando.

E saiu às seis, mais uma vez. Não apenas parou no parque: entrou. Dirigiu-se à bilheteria e comprou um passe para a roda gigante. E finalmente subiu no brinquedo. Barulho de ferro batendo, barulho de motor funcionando. E subiu.

Fechou os olhos.

Roda roda mundo, roda gigante, ela pensou, e estava feliz: o tempo rodou num instante, nas voltas do meu coração , embora ela soubesse que a partir dali tudo continuaria igual.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Quinta é dia para falar de cinema...

Sugestão de vídeo: Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto (Before the Devil Knows You're Dead) - EUA, 2007 - Direção: Sidney Lumet - com Philip Seymour Hoffman , Ethan Hawke , Albert Finney , e Marisa Tomei - instigante thriller dirigido pelo eternizado Sidney Lumet, protagonizado por um dos melhores atores produzidos por Hollywood nos últimos anos - Hoffman. Marisa Tomei, aos 43 anos, está simplesmente divina. O suspense gira em torno de Andy Hanson (Hoffman), executivo viciado em drogas e que enfrenta problemas de auditoria em sua empresa, que convence seu irmão Hanke (Ethan Hawke) a assaltar a joalheria de seus pais. O  que parecia um plano perfeito torna-se um pesadelo e contar mais é estragar o suspense. Vale a pena mesmo! Disponível em vídeo!

Patrick Swayze, eternizado como o Sam de Ghost, havia finalizado Pwoder Blue quando faleceu em 14 de setembro deste ano. O filme foi lançado nos EUA agora no dia 24. Ainda filmou 13 episódios do seriado “The Beast”, vivendo um veterano agente do FBI, que foi ao ar entre janeiro e abril de 2009, sendo cancelado nos EUA.

O fato me fez pensar outros atores que faleceram antes ou logo após o lançamento de seu último filme. Em pesquisa inicial em outros blogs e no site imdb.com (indispensável para quem gosta de cinema), onde conferi datas, dados e outras curiosidades, relacionei os seguintes:

Rick Aviles – O Willie Lopez, assassino de Sam em Ghost, faleceu em 17 de março de 1995, antes do lançamento de seu último filme “Waterworld”, ocorrido em 25 de julho do mesmo ano. Dependente de heroína, foi vitimado pelo vírus HIV.

Heather O'Rourke - a garotinha de Poltergeist (1982) faleceu em 1º de fevereiro de 1988, em decorrência de uma inflamação crônica no intestino, aos 12 anos, seis meses antes do lançamento de Poltergeist III, ocorrido em 10 de Junho do mesmo ano.

Dominique Dunne, irmã do também ator Griffin Dunne, que viveu a filha adolescente de Craig T. Nelson em Poltergeist, lançado nos EUA em 4 de junho de 1982. Quatro meses após, morreu em 4 de novembro de 1982, assassinada por seu ex-namorado John Thomas Sweeney, dezenove dias antes de seu 23º aniversário.

Heath Ledger: O Coringa no filme “Batman - O Cavalheiro das Trevas” ganhou diversas opiniões. Ele morreu em 2008, meses antes do filme ser lançado nos cinemas.

Aaliyah: Morreu em um acidente de avião em Bahamas, em 25 de agosto 2001, antes do lançamento de “A Rainha dos Malditos” (baseado na obra de Anna Rice, de “Entrevista com o Vampiro”), em 10 de maio de 2002..

Phil Hartman: O ator, dublador de Troy McLure e Lionel Hutz em “Os Simpsons” foi baleado e morto por sua esposa, Brynn Hartman, que se suicidou logo após, em 29 de maio de 1998, dois meses antes do lançamento do filme “Pequenos Guerreiros”.

Chris Farley: O homem gordinho e engraçado morreu de overdose de droga em 18 de dezembro de 1997. Seu último filme, “Os Quase Heróis”, foi lançado em 29 de maio de 1998. Há um outro filme, “Dirty Work”, em que seu nome não aparece nos créditos, também lançado em 1988.

Tupac Shakur: O rapper, 25 anos, foi morto em 13 de setembro de 1996 em um tiroteio após ter completado dois filmes, “Na Contra-mão” e “As Duas Faces da Lei”. Ambos foram lançados no ano seguinte.

John Candy: O comediante morreu em 4 de março de 1994 enquanto gravava o filme “Dois contra o Oeste”, lançado em 26 de agosto do mesmo ano. Outro filme, “Canadian Bacon”, de Michael Moore, foi lançado após a sua morte, em 22 de setembro de 1995.. Candy fez o filme por obrigações contratuais e, embora tivesse parado de fumar e estivesse se esforçando para perder peso, teve um ataque cardíaco fulminante. A saída foi reescrever o roteiro tentando evitar ao máximo suas aparições e, quando não havia saída, usava-se um ator parecido com o comediante gorducho

River Phoenix: Morreu em 31 de outubro de 1993 após se envolver com drogas e sofrer de insuficiência cardíaca quatro meses antes de seu filme sair, “O Espírito do Silêncio”, lançado em 1º de fevereiro de 1994.

Natalie Wood: A jovem atriz de “Amor Sublime Amor” se afogou , em 1981, pouco antes de estrear em seu trailer de ficção científica “Brainstorm”.

Bruce Lee: A estrela das artes marciais morreu aos 32 anos, em 1973, por conta de um edema cerebral, um mês antes do lançamento do seu último filme, “Operação Dragão”.

Brandon Lee: O filho de Bruce Lee, numa impressionante coincidência, morreu em 1993 em um acidente no set de gravação de “O Corvo” apenas oito dias antes da filmagem ser concluída.

Spencer Tracy: aos 67 anos, o famoso ator de “O Julgamento de Nurenberg” faleceu vítima de ataque cardíaco em 10 de junho de 1967, logo após completar a “Guess Who’s Coming”, lançado em 12 de dezembro do mesmo ano.

Marylin Monroe: Morreu em 1962 antes de estrear “Something’s Got to Give.”

Clark Gable: Morreu de ataque cardíaco com 59 anos antes do lançamento do filme “Os Desajustados”, em 1960.

James Dean: “Juventude Transviada” foi lançado um mês depois de Dean, 24 anos, morrer em um acidente de carro em 1955.

Jean Harlow: Harlow tinha apenas 26 anos quando morreu de uma doença renal, um mês antes do seu filme “Saratoga” ser lançado, em 1937.

Bela Lugosi: famoso Drácula de Bram Stocker, faleceu em 1956, logo após o lançamento de “A Torre dos Monstros” (“The Black Sleep”). Chegou a iniciar as filmagens do trash “Plano 9 do Espaço Sideral”, que foi lançado somente em 1959. O diretor Ed Wood resolveu pegar cenas que já tinha dele e completar sua participação com um dublê maior e mais jovem que o ator - bem ao estilo dos filmes de baixo orçamento

Jean Harlow: Em Saratoga, não faltava muito para terminar as filmagens em que contracena com Clark Gable, quando repentinamente a musa loira foi acometida por uma infecção renal e morreu no dia 7 de junho de 1937. A saída foi arrumar uma dublê e privilegiar enquadramentos mais abertos. O filme foi lançado em 23 de julho de 1937 Ironicamente, esse é tido como um dos melhores filmes de Jean Harlow

Oliver Reed: Faleceu durante as filmagens de “Gladiador”, em 2 de maio de 1999, após um pileque em um pub na ilha de Malta, onde o filme foi rodado. Como faltavam apenas três cenas, o diretor Ridley Scott apostou na tecnologia, recriando digitalmente o rosto do ator e o colocando no corpo de um dublê. O filme foi lançado em 1º de maio de 2000.

Tyrone Power em “Salomão e a Rainha de Sabá” de1959, Ty, como era chamado por amigos, vinha de uma longa família de artistas. Sua morte foi uma coincidência cruel. Morreu durante uma luta representativa com o ator George Sanders, de ataque cardíaco fulminante. Igual ao seu pai.

Massimo Troise, que viveu Mario Ruoppolo em O Carteiro e o Poeta, lançado em 14 June 1995, faleceu vítima de ataque cardíaco em 4 de junho de 1994, um ano antes do lançamento do filme. Segundo consta do site www.imdb.com, Mario interrompeu tratamento para as filmagens e faleceu 12 horas após a conclusão das filmagens!

Robert Judd, o papel do diabo (Legba/Scratch) em Encruzilhada (The Crossroad), de 1986, em que Ralph Macchio com a ajuda de um velho bluesman (Joe Sêneca) vai ao Missisipi fazer um acordo com o capeta. Judd, que colecionava apenas algumas participações na tevê nos anos 1970, faleceu em 20 de janeiro de 1986. O fime foi lançado nos EUA em março daquele ano.

A lista certamente não termina aqui, pois evidente que todo ator morto quando ainda estava em atividade tivesse algum filme em conclusão ou recém-concluído, portanto conto com a colaboração de meus (raros) leitores para dar seguimento à pesquisa!

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