quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Projetos, meias-idéias, espasmos cerebrais

Por que precipitaste teu fogo doloroso
De repente, entre as folhas frias do meu caminho?
Quem te ensinou os passos que até mim te levaram?
Que flor, que pedra, que fumaça, mostraram minha morada?

Pablo Neruda

Estou numa fase de recompor projetos literários, e dentre as crises do tipo "nunca escrevi nada", esse tipo de garimpo acaba com certas paranóias.
 
Relacionei todos os textos um dia iniciados e que visaram dar a cara de livro: um foi publicado em 1993, outro está em análise editorial. Os demais, são projetos de "gaveta", mais especificamente de pastas organizadas no computador. Ao total, são quatorze:
 
1) Os invasores da Avenida Goethe (contos) – em análise editorial
2) A Busca (novela) – concluído, mas sujeito a revisão
3) Romance de Mentiras (romance) – Projeto retomado, em andamento
4) O Poeta de Plantão (poesias) – publicado em 1993. Esgotado.
5) O Último Beijo Antes de Cingapura (poesias) – Engavetado. Talvez um dia saia de lá.
6) Contos de Bar (contos) – em andamento, mas beeeem devagar.
7) A traição (novela) – projeto interrompido
8) O Último (romance) – projeto interrompido
9) Hubert & Lorena (romance) – projeto interrompido
10) WW (romance) – projeto interrompido
11) Cinco Anos e um Curso de Direito (romance) – projeto interrompido
12) Autobiografia não autorizada (biografia) – projeto perdido
13) Tratado dos Seres Notáveis (crônicas) – concluído
14) Vagabundos de Hamsum (romance) – projeto interrompido

Fui enumando conforme a memória facilitava o serviço, organizando os arquivos na pasta devida. Tudo eletrônico, nada físic: o espaço e as árvores agradecem (eu acho). Confesso também que chamo de projeto tudo aquilo que ultrapassou o limite de uma lauda, com uma certa auto-censura, pois assim, qualquer meia-idéia vira um projeto.
 
A maioria, senão todos, não vingará. Não tem importância, é assim como esse blog, mais um exercício literário. Como disse o Max Mallmann numa entrevista a um blogueiro: "se escritor fosse profissão, e provável  eu já tivesse sido demitido. Mas escritor não é profissão, é condição de vida!". Sem mais, endosso!

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