quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Mocinhos e bandido

A síntese do pensamento maniqueísta pode ser vista na figura do mocinho e do bandido. Costuma ser assim na vida, e nas histórias que a vida nos conta: há que ter o mocinho, há que ter o bandido - sempre estereótipos irreais, tais como os consagrados pelas novelas globais há quarenta anos!

No já famoso caso do Bolão de Novo Hamburgo (dizem os colorados que em Novo Hamburgo de fato se joga um bolão!), a mídia ávida por notícas que vendam jornal e seus patrocinadores já elencou mocinhos e bandidos na história.

Evidente, são mocinhos os apostadores - os do bolão e qualquer outro, vítimas do azar de ter sorte! De outro, os vilões: o dono da lotérica, a funcionária que não fez o jogo, talvez a Caixa!

De cara saíram falando em estelionato, sem que qualquer coisa tivesse sido apurada. Vitimado também o empresário porque a fúria midiática estampou-lhe o carimbo de criminoso!

Ao mesmo tempo, os apostadores, mocinhos vitimados pela aparente desídia de outrem, já são relatados pelos meios de comunicação como "vivendo um drama"!

Menos, muito menos: suas vidas continuam intactas, não foram amealhadas de seus bens, privadas de seu sossego, de sua libertade. Apenas tiveram frustrada uma expectativa, mas que está muito longe de ser um "drama". Há de ser um desconforto incomparável, aquela sensação do que não foi mas poderia ter sido...

Mas "drama"? Se inocente ou culpado (adoram essa classificação maniqueísta), o proprietário da lotérica sim que vive um drama: não pode sair de casa, sofre ameaças por telefone, já foi estigmatizado pela mídia. Ele é que teve o grande impacto na sua vida!

Nesse momento, todos esquecem o lado humano: querem o dinheiro - o que, a rigor, é um direito que se impõe. Mas e a paz de espírito do pivô disso tudo?

Mas há sempre que ter mocinhos e bandidos!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Os espiões de Veríssimo

Comprei na sexta-feira, levei para o fim-de-semana na praia e pá-pum, tava lido. Trata-se de "Os Espiões", novo romance (ou seria novela?) de Luis Fernando Veríssimo.

Com a habitual ironia de observação, o fino trato no humor, Veríssimo discorre sobre a vida de um editor literário, afogado no álcool e no desprezo de sua mulher e filho, restando apenas o silêncio complacente de Black, seu cachorro, que muda de rumo quando recebe os originais de pretenso romance de uma misteriosa mulher do interior, residente na fictícia Frondosa.

Exercitando sua técnica de investigação e suspense, Veríssimo transita por seus personagens atípicos, notadamente estigmatizados por nuances da vida: a descrição dos frequentadores do bar, ambiente tão bem descrito e recorrente na obrad o escritor, é perfeita, ainda mais para quem, como eu, é habitué de butecos.

Os tipos se repetem, com várias variáveis.

Devo anotar que a história me lembrou, com as devidas particularidades de uma e de outra, "Os voluntários", de Scliar, precisamente no fato de um grupo de butequeiros se reunirem em torno de uma causa comum.

Não tão genial quanto o "Clube dos Anjos", lançado pela Editora Objetiva dentro da Série "Plenos Pecados", mas no ritmo de "Borges e os Orangotangos Eternos", a leitura é rápida, fácil e sempre deliciosa! Vale a pena!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Para toda a vida II

A noite era um mistério quando eu amava e sequer sabia que existia. Perdido no meio de bares, eu sabia que tudo aquilo não me pertencia. Sempre pertenci aos teus braços, pois somente neles me encontraria. Eu sabia, estava escrito: um dia nos encontraríanos, contaríamos histórias, riríamos, choraríamos e acharíamos um absurdo o tempo todo em que não sabíamos da nossa existência!

Um poema, que escrevi lá por 1993, quando comecei a namorar Raquel. Pois já se vão quase 17 anos e aqui estamos, para toda a vida - Helena é o elo definitivo.

Haja o que houver, como tem havido as coisas que passam entre e em nossas vidas.

Assim, pelo teu aniversário que hoje se comemora, se lembra, se relembra: o será por toda a nossa vida.

Te amo, Raquel.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Para toda a vida

Para Paulo Peres

Lembro como se fosse hoje - mas passaram-se vinte e dois anos. Chego no seu apartamento, abarrotado de livros acumulados pelos anos de exercício da profissão e da aquisição desenfreada dos mesmos. Separara uma pilha deles, entregou-me volume a volume no colo, e fui folhando, olhando com a curiosidade de neófitos. Ansioso por dizer algo, falei:

- É... tenho leitura pra algum tempo!

Ele se virou, dedo em riste, dando ênfase a cada palavra, como era seu estilo, um tom acima:

- Algum tempo? tens leitura para toda a vida!

Afinal, eu fora aprovado no concorrido vestibular para a Faculdade de Direito e possivelmente era a carreira escolhida. Para toda a vida - seja lá sempre quanto tempo for toda a vida!

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Lembro como se fosse hoje, e faz apenas cinco anos: numa tarde de 20 de fevereiro, após muitas cervejas, o telefone interrompe meu domingo sem planos imediatos. "Teu padrinho faleceu!".

Chorei a dor da distância e da perda, chorei à distância impossibilitado pelos 800 Km que então nos afastavam, um problema no cano de descarga do carro, toda a cerveja acumulada durante o dia - chegaria, quando muito, na hora do enterro. Seria loucura. Não fui. Prometi visitas que não se cumpriram, mas essa mesma vida que me privava daquele que fora meu tio, meu padrinho, meu colega e acima de tudo meu amigo me daria chance de ir visitá-lo como se fosse o significado da última vez. Apenas o significado, posto que jamais será a última.

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Lembro como se fosse hoje, mas faz tão somente dois anos: eu esvaziava o apartamento que entregava para a mudança, de casa, de cidade. Livros sem utilidade, todos para a calçada. Inclusive uma coleção completa de Washington de Barros Monteiro, de 1967 - o direito mudou tanto! Empilhei os volumes na calçada, junto com outras tralhas que já iam sendo recolhidas por um carroceiro. Ao me afastar do livros que iam sendo esquecido, sua mão pousou mansamente sobre meu ombro, e a voz se fez ouvir, sempre com aquela eloqüência: "Por algum tempo? Terás leitura para TODA A VIDA"!

Não ousei perquerir aquele pensamento, ou aquela voz, o que fosse: recolhi a coleção da calçada e a condicionei numa das caixas de mudança. Os volumes continuam intactos com lugar de destaque na estante!

Afinal, são tão poucas coisas, além da própria, que são para toda a vida! Minhas lembranças, por exemplo!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Crônica

Fernando Sabino foi um dos grandes cronistas que o Brasil produziu. Que Minas produziu, um cicio me corrige ao ouvido como se o espírito do escritor me sussurrasse a verdade. Pois é mesmo, um Estado que nos concedeu cronistas como Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Carlos Drummond de Andrade, dentre outros.

E por mais curta que uma crônica possa ser, que coisa mais dífícil de fazer! Pelo menos com a perfeição que Sabino fazia! A crônica do dia-a-dia, da rotina, da observação de fatos cotidianos que muitas vezes podem ser banais é uma arte - tente fazer e veja a dificuldade que te imporás!

Pois esses dias relendo meus "sabinos", achei a crônica "Operação- Lebre" em que o escritor mineiro narra com perfeição um insólito diálogo no balcão de um cartório judicial - para quem vive o dia-a-dia do ofício, é uma gargalhada só, com pitadas de momentos reais:

Os serventuários da Justiça voltam a falar numa operação-tartaruga - desta vez a propósito do anunciado aumento de custas. Consiste a referida operação em reduzir as atividades ao mínimo necessário para o andamento dos serviços.
Acredito que o recurso seja eficiente. Sempre acreditei no lema da tartaruga: devagar e sempre - com o qual logrou vencer a própria lebre naquela célebre corrida.
Mas operação-tartaruga (que os serventuários me desculpem, também já fui um deles) a nossa Justiça sempre fez. Ocorreu-me sugerir então aos meus ex-colegas uma operação-lebre, certamente de muito mais efeito, salvo melhor juízo:
- Quede o processo que estava aqui?
- Lebre comeu.
- Como?!
- Foi despachado.
- Já? Que diz o despacho?
- "Expeça-se o alvará". Foi expedido.
- Expedido? Se não faz nem quinze minutos...
- E já foi cumprido, o preso já foi solto...
- Foi solto como, senhor! Que brincadeira é essa?
- ... e já tornou a delinquir, foi preso de novo, autuado, indiciado, processado, condenado, e está cumprindo pena.
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O advogado entra descansadamente no cartório:
- Conversei com o perito. Prometeu o laudo para esta semana sem falta. Queria que vocês fizesse...
O escrevente não o deixa terminar:
- Já fiz. O laudo já está aqui, fiz a juntada, abri vista para a outra parte, já falou, todos os fiscais já falaram, fiz conclusão para sentença.
- Será que o juiz decide ainda este mês?
- Já decidiu. O senhor teve ganho de causa, a sentença foi registrada, publicada e está certificada.
- Quer dizer que, se a outra parte não recorrer...
- Já recorreu. A petição foi despachada, juntada, autos conclusos, alegação procedente, nova sentença: o senhor perdeu a questão!
- Não é possível! Também posso recorrer da sentença.
- Podia, não pode mais: já transitou em julgado.
- Que transitou em julgado coisa nenhuma! Estou dentro do prazo.
- Prazo? Que prazo? O mandado já foi expedido, o pagamento já foi feito, o processo já foi arquivado. Operação-lebre, meu amigo.
E, se o advogado ousar protestar, o escrevente acolhe imediatamente a reclamação em forma de petição, colhe assinatura, autua, abre conclusão e cobra as custas, por ser de integral justiça antes que o advogado fale gato.
Ou lebre.

(SABINO, Fernando. Operação-lebre. A mulher do vizinho. 9. ed. Editora Record: Rio de Janeiro, 1962, pp. 39-41)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Quase Famosos

Um dos grandes filmes do início dos anos 2000, "Quase Famosos" ("Almost Famous"), dirigido por Cameron Crowe, lançou nomes como Billy Cudrup ("Peixe Grande"), Jason Lee ("My Name is Earl", "Alvin e os esquilos"), Patrick Fugit, Anna Paquin, além da atuação fantástica de Frances McDormand ("Fargo").

A história gira em torno de William Millier (Patrick Fugit), um adolescente precoce monitorado por sua mãe (Frances McDormand), que sonha em ser cronista de rock. Ao buscar conselhos com famoso jornalista (que de fato existiu), o lendário Lester Bangs (vivido pelo impressionante Phillip Seymor Hoffman), o garoto passa a acompanhar a turnê da banda emergente "The Stillwater", liderada pelo guitarrista Russel Hammon (Billy Crudup) e Jeff Bebe (Jason Lee), e conhece "grupies" como Polexia Aphrodisia (Anna Paquin), Saphire (Fairuza Balk) e a enigmática Penny Lane (Kate Hudson belíssíma).

Sem saber que William tem apenas 15 anos, o editor da revista The Rolling Stones Ben-Fong Torres (Terry Chen) o contrata para escrever sobre a banda, durante a turnê. As confusões vão acontecendo à medida que a trama se desenrola, ao balanço de boa trilha sonora.

As passagens marcantes do filme: a bordo da "Doris", ônibus que faz as turnês da banda, o maravilhoso clipe da música "Tiny Dancer" de Elton John; a turbulência a bordo do avião, onde todos confessam seus mais íntimos pecados (lendária essa cena); ainda, quando Frances McDormand revela a seus alunos que astros de rock sequestraram seu filho (uma atenta aluna anotando até isso é de se dobrar de rir)!

Há que se destacar que a versão que foi para os cinemas teve cenas cortadas, recuperadas em DVD - vem duplo, com a versão do diretor. Nem perca tempo assistindo à comercial, vá direto para a "long version", pois contém ao menos uma cena inexplicavelmente cortada: quando a "Stillwater" vai a uma rádio participar de um programa e o locutor, fumado que só, dorme durante a entrevista!

São cenas memoráveis que fica difícil eleger a melhor: talvez a cena em que Russel imita creio que Mick Jagger, dizendo que é um deus dourado e se jogando, de cima de uma casa, para dentro da piscina.

Mas seria injustiça com as outras cenas.

Seria injustiça com o filme - para ser visto e revisto incansavelmente!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Sexta-feira de carnaval?

Sexta-feira de Carnaval é algo como quarta-feira Santa, ou seja, não existe, Mas muita gente já está no ritmo da batucada ou, tão somente, no ritmo dos dias de recesso que a festa nos proporciona.

Claro, há quem irá trabalhar na segunda-feira, e não é pouca gente - e também não é o fim do mundo. Mas quem pode, para os quatro dias, e só retorna manemolente lá pela quarta-feira de cinzas.

É o que farei, não pelo prazer carnavalesco, que não é meu chão. Apenas pelo retiro mental, esvaziar a cuca, tomar uns banhos de mar - semana passada o mar estava fantástico - apreciar umas geladas, um churrasco, a família enfim.

Volto na quarta, devagar na semana curta: afinal logo vem o fim-de-semana. Depois dele, não tem jeito: 22 de fevereiro começa 2010 - a menos que alguém queira adiar alguma decisão para depois da Páscoa!

Bom feriadão ou dinho a todos!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Só para lembrar que estou vivo, e bem!

O calor andou e anda tanto que até para escrever fica difícil - ainda mais quando o ar-condicionado, por óbvio, resolve funcionar precariamente!

Acho que nunca o ramo do ar-condicionado teve tanto trabalho. Experimenta ligar para uma assistência técnica! Eu experimentei e a mulher ao telefone foi tão estúpida que eu quase pedi desculpas! "Só para depois do carnaval", ela rosnou, abrindo mão de qualquer possibilidade que eu viesse a agendar uma visita do técnico!

Fico um dia a mais sem ar mas não trato com pessoas estúpidas! O grosso aqui sou eu!

***

Celeuma no ar, literalmente! A RBS não se conforma com a decisão da Justiça do Trabalho de limitar a realização de jogos em condições totalmente adversas e anormais de temperatura! Pisa-se nos calos da ordem posta, contraria-se interesses econômicos! Alguns servos da gigante da mídia gaúcha estão latindo em alto e bom som - e o pior que há quem acredite!

Só digo uma coisa: pessoalizar a questão em torno do juiz que emanou a ordem judicial e/ou o advogado que subscreveu a inicial é de uma burrice sem precedentes. Mas quando se tem a latinha à disposição, até os burros ficam sábios!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Avatar vs. Total Recall

Voltando a falar em "Avatar", que concorre ao Oscar tendo como maior concorrente "Guerra ao Terror" (que estreia no Brasil nesta sexta-feira quase um ano após sair em DVD), longa de Kathryn Bigelow (esposa de James Cameron, por sinal), posso dizer com tranquilidade que aquele não merece a premiação maior - ainda não vi "Bastardos Inglórios", que corre por fora.

Por um simples motivo: profícuo em lugares-comuns, o filme de Cameron é de uma semelhança terrível com Total Recall (no Brasil traduzido para "O Vingador do Futuro", na esteira do exterminador), longa de 1990 de Paul Verhoeven, estrelado pelo hoje Governador da Califórnia, Schwarzenegger e uma belíssia e em ascensão Sharon Stone (antes de "Instinto Selvagem")!

Pois se não, vejamos: Arnold vive Douglas Quaid, um pacato operário do ano de 2084 que tem sonhos recorrentes com Marte - tentado a passar as férias no planeta vermelho, a ideia é rechaçada por Lori (Sharon Stone), sua esposa. No entanto, teimoso, Quaid recorre a uma empresa de implantes de sonhos: a viagem a marte faria parte de um sonho e suas lembranças ficariam na memória como verdadeiras!

Só que algo dá errado e Quaid passa a lembrar de coisas que talvez não deveria - ao descobrir que sua mulher é apenas uma agente que o vigia, o emprego é falso e as memórias como Doug também, foge para Marte em busca de sua verdadeira identidade - a cena em que Sharon, belíssima, diz do fundo dos olhos azuis "Sua vida é um sonho, Doug", é aterradora!

Bem, na ficção de Verhoeven, Marte é colonizado pelos humanos que, em função da privação de ar naquelas paragens, os nativos são, invariavelmente, aberrações genéticas - a prostituta com três seios é o símbolo disso.

A partir daí, as semelhanças deste "Avatar" com o longa de 1990 não param mais. Afinal, Jake Sully, de Avatar, é um fuzileiro do exército que perdeu a identidade ao se reduzir a uma cadeira de rodas. Viver seu avatar é buscar novamente sua capacidade em si - assim como Doug. O inescrupuloso Coronel Quaritch é Vilos Cohaagen em "Total Recall", o empresário explorador do Turbinium, metal raro em marte assim como o Unobtainium em Pandora. Em ambos, por sinal, não se explica a ganância humana por tais raridades!

Há um líder dos nativos, como não poderia deixar de ser, há o nativo que resiste à chegada do humano que se compadece da vida local! A solução é praticamente a mesma, a fórmula se repete!

Incensado, "Avatar" só apresenta, de novo, o 3D. Talvez por isso o filme de Verhoeven não tenha sido tão aclamado - pelo que lembro, teve duas indicações ao Oscar, uma delas a de efeitos especiais.

Para quem viu e gostou de "Total Recall", "Avatar" revisita o velho. E eu ainda prefiro o original.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Calor infernal!

Segundo informações obtidas na imprensa, neste feriado portoalegrense de 2 de fevereiro tivemos o maior calor nos últimos "x" anos!

Há quem ame o verão, e sobre isso já escrevi num tempo passado: pois verão só é bom na praia ou dentro de casa no ar-condicionado - e aí se precisa da combinação casa-carro-trabalho, todos com ar! Bem, estou parcialmente provido dessas necessidades, falta o ar no carro  - além da casa, que só tem no quarto: e o resto da casa?

Ficamos amaldiçoando o deus-Sol que nos castiga sem a proteção da tal camada de ozônio. Ficamos orando por dias melhores, temos saudades do inverno, adoramos os shoppings-center!

Nada pior do que ter que se vestir no verão, pois nada assenta: os primeiros passos já são suficientes para a roupa colar no corpo e se tiver que caminhar algumas quadras então...

Verão é bom na praia, e olhe lá! Calor senegalesco? Cuidado com as injustiças: amigo meu esteve lá e disse que não faz todo esse calor!

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