segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Os espiões de Veríssimo

Comprei na sexta-feira, levei para o fim-de-semana na praia e pá-pum, tava lido. Trata-se de "Os Espiões", novo romance (ou seria novela?) de Luis Fernando Veríssimo.

Com a habitual ironia de observação, o fino trato no humor, Veríssimo discorre sobre a vida de um editor literário, afogado no álcool e no desprezo de sua mulher e filho, restando apenas o silêncio complacente de Black, seu cachorro, que muda de rumo quando recebe os originais de pretenso romance de uma misteriosa mulher do interior, residente na fictícia Frondosa.

Exercitando sua técnica de investigação e suspense, Veríssimo transita por seus personagens atípicos, notadamente estigmatizados por nuances da vida: a descrição dos frequentadores do bar, ambiente tão bem descrito e recorrente na obrad o escritor, é perfeita, ainda mais para quem, como eu, é habitué de butecos.

Os tipos se repetem, com várias variáveis.

Devo anotar que a história me lembrou, com as devidas particularidades de uma e de outra, "Os voluntários", de Scliar, precisamente no fato de um grupo de butequeiros se reunirem em torno de uma causa comum.

Não tão genial quanto o "Clube dos Anjos", lançado pela Editora Objetiva dentro da Série "Plenos Pecados", mas no ritmo de "Borges e os Orangotangos Eternos", a leitura é rápida, fácil e sempre deliciosa! Vale a pena!

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