quinta-feira, 22 de abril de 2010

Revendo remakes

Não que alguém tenha alguma coisa a ver com isso, mas de imediato anuncio que não assistirei Alice in Wonderland, fantasia dirigida por Tim Burton e claro estrelada pelo estereotipado Johnny Depp, livremente inspirada nos clássicos Alice no País das Maravilhas e Alice Através do Espelho.

Primeiro porque há muito superproduções cinematográficas não fazem parte de meu roteiro - abri exceção para Avatar, por conta da tecnologia em terceira dimensão, o que só confirmou minha prática.

Segundo, porque ainda não perdoeei Tim Burton - e pela via transversa Johnny Depp, pelo que eles fizeram com A Fantástica Fábrica de Chocolates, ao estragar a fantasia dos uma-lumpas, explicando sua origem e colocar aquela "nóia" do Willy Wonka com seu pai. A sequência final em que ele vai visita-lo simplesmente me neguei a assistir, desligando o DVD. O original, de 1971, de Mel Ferrer, deveria ser protegida como patrimônio da humanidade.

Aliás, essas releituras têm o hábito de profanar clássicos. Talvez por isso que ainda não se fez o Remake de "E o Vento Levou" - mas bem que se tentou, na televisão, através de curta série. Imagina se alguém tenta reeescrever, por exemplo, "Crime e Castigo"? Menos mal que os "remakes" não chegaram na literatura - ainda que nessa seara se veja muito "mais do mesmo".

Mas enfim: nunca entendi o desenho de Walt Disney, uma viagem lisérgica sem tamanho! Não sei como não proibiram ainda - não que eu seja favorável a isso. Se nem o desenho minha inteligência alcança, o que dirá um filme, com releituras e licenças poéticas - sem falar na imagem do Chapeleiro Maluco, que é outro "mais do mesmo" de Burton. Parece que já vimos isso, de ja vu pra caramba!

De qualquer sorte, a assessoria de imprensa de Burton não deverá soltar nenhuma nota sobre meu boicote a seus filmes, creio eu.

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