segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Barbárie na UNIBAN

Demorei para formar opinião acerca do episódio que envolveu a estudante Geisy Arruda na Universidade Bandeirante de São Paulo (UNIBAN).

Tudo o que eu sabia era que uma estudante daquela universidade fora humilhada e ameaçada por universitários em virtude de trajes sumários que estaria vestindo numa sexta à noite, ao início das aulas noturnas.

Geisy tem 20 anos e vestira-se já pronta para uma festa que iria após a aula. Na matéria de telejornal que assisti, via Youtube, fez-se questão de dizer que a mesma é filha de metalúrgico que paga suas mensalidades - não sei muito bem a importância e a necessidade de se divulgar tal informação!

Vi as cenas disponibilizadas na rede: são cenas de violência gratuita. Honestamente, inclusive o traje da moça não achei tão sumário assim. Acredite, já vi coisas piores por aí.

A confusão toda, ao que se noticia, resultou em suspensão dos alunos envolvidos, que foram identificados, e expulsão de Geisy!! Não sei de detalhes do processo administrativo que motivou tais punições, mas ao que me parece o mais correto seria o contrário!

Independente do cabimento de tais trajes em ambiente universitário, a reação de alunos, motivados sabe-se lá pelo que, tomou proporções descomunais, agitando uma galera de (segundo a notícia) 700 pessoas que se entregaram ao ato público de humilhação. Isso num ambiente universitário!

Questiono seriamente a decisão da Universidade em expulsar a jovem! Certamente seus advogados já estão manejando a ação devida para repo-la no "status quo ante", pois é intolerável que alguém seja expulso de uma Universidade porque trajou roupas que, deixemos de ser moralistas - estão aí pelas ruas!

A expulsão praticamente justifica a barbárie, e torna os doutos professores que assinam tal decisão tão bárbaros quanto os apedrejadores de antes de Cristo!

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